Homeopatia Quântica 2025 02

O termo “homeopatia quântica” se refere à abordagem teórica das soluções homeopáticas inseridas na matemática da equação de Scrödinger, sobre a função de onda, em que uma mistura homogênea é tida como um sistema quântico semelhante à nuvem eletrônica de um sistema atômico, isso porque as partículas dispersas em uma solução estão abaixo de um nanômetro de diâmetro, o que propicia funções de onda na solução de entrelaçamento do soluto ao solvente, sendo que o colapso dessas funções de onda é promovido pela energia vital de origem psicológica e neurológica. Interessando ressaltar que estes e os próximos postulados constituem as hipóteses de Venturelli ou de Paiva Venturelli.

OBSERVAÇÃO 1: As hipóteses de Venturelli se baseiam no ensino fundamental, médio e universitário do Brasil no século 20, e, posteriormente, no início do século 21, no que, portanto, as referências bibliográficas e biográficas são eurocêntricas, o que não afasta a contribuição de pensadores provenientes da África, América, Ásia e Oceania, isso sendo particularmente válido, justamente no Brasil, onde a formação étnica e cultural do povo brasileiro tem contribuições notáveis, desde os primórdios deste país, de africanos e ameríndios, sendo importante ressaltar também, a presença japonesa e chinesa neste país, dentre outros povos da Ásia e de outros continentes, além dos próprios europeus, notadamente de portugueses, espanhóis e italianos, dentre outros europeus, sendo ainda, necessário salientar a influência anglo-saxônica de britânicos e norte-americanos de origem inglesa e diversa, lembrando que os ingleses escoltaram a família real portuguesa ao Brasil, os quais nobres foram aqui aportados em 1808, ao evitarem o confronto direto com as forças francesas da era napoleônica.

OBSERVAÇÃO 2: Vale ressaltar que se tratam de postulados referentes à especialidade elaborada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796, e que foi trazida ao Brasil em 21 de novembro de 1840, com a chega no Rio de Janeiro do médico francês Benoit Jules Mure, atualmente sendo essa data a referência ao dia nacional da Homeopatia, um marco notável na medicina brasileira.

1) Memória quântica da água:

Os trabalhos de Jacques Benveniste (França), Masaru Emoto (Japão), Bernd Kröplin (Alemanha) e Luc Montagnier (França) mostraram entre o final do século XX e o início do século XXI, que a água pode memorizar informações químicas e psíquicas ou intelectuais, além das informações físicas. Assim, substâncias diluídas em soluções aquosas gravam seus registros ocultos na água, bem como as informações mentais também são aptas a fixar seus vestígios em meio aquoso. Deste modo, os mecanismos pelos quais os remédios homeopáticos fazem efeito são relativos não apenas às diluições das substâncias farmacológicas, mas também são devidos à transmissão informacional do conteúdo cognitivo e sensorial associado ao médico e ao pessoal da farmácia.

As informações cognitivas e sensoriais são transportadas por oscilações eletromagnéticas em frequências de micro-ondas e das ondas de rádio, além de frequências inferiores às ondas de rádio, as quais aquelas e estas estão presentes, respectivamente, na radiação cósmica de fundo, nas telecomunicações e nas oscilações neurais compatíveis com a Ressonância Schumann. A memória da água em virtude da diluição de substâncias químicas e biológicas, pela metodologia homeopática propriamente dita, é caracterizada pelo fenômeno do entrelaçamento quântico entre soluto e solvente que ocorre pelos mesmos fenômenos ondulatórios. As vibrações cognitivas estão conectadas imediatamente ao eletromagnetismo psicológico e as vibrações sensoriais estão conectadas de modo imediato ao eletromagnetismo neurológico e visceral, enquanto que as vibrações mecânicas são vinculadas primariamente ao eletromagnetismo puramente físico e secundariamente aos fenômenos neuropsíquicos, os quais todos esses sinais eletromagnéticos estão intimamente interconectados.

Segundo Jacques Benveniste, a água funciona como uma fita magnética de registro, e de acordo com Marc Henry (França), a molécula de água pode ser “orto” ou “para” conforme a resultante do número quântico magnético de spin eletrônico dos átomos de hidrogênio seja 1 (um) ou zero (0), respectivamente. Em relação a esse tema, as hipóteses de Venturelli inferem que a água possa ter uma disposição molecular em “orto”, “meta” e “para”, o que promove um sistema binário de registro em bit quântico, ou qubit, à semelhança dos computadores quânticos, sendo que a disposição “meta” é o estado de sobreposição.

2) A interpretação do Brasil:

Foi quando lecionava na Universidade de São Paulo (USP) no Brasil, no início dos anos 50 do século XX, que David Bohm elaborou sua teoria das variáveis ocultas da física quântica, que incluía a ideia da função de onda piloto. No Brasil, desde 1980, a homeopatia tem reconhecimento oficial do Conselho Federal de Medicina (CFM) sendo considerada uma especialidade médica, tanto quanto a neurologia ou a neurocirurgia e a cardiologia ou a cirurgia cardiovascular. Assim sendo, esta hipótese homeopática, vinculada à mecânica quântica, pode ser chamada de “interpretação do Brasil” em complementaridade à “interpretação de Copenhague”. As variáveis ocultas postuladas por Bohm se aplicam à homeopatia quântica porque o mecanismo exato pelo qual a água memoriza as substâncias diluídas e as informações abstratas, trata-se de uma atividade desconhecida em que se possa inferir às variáveis ocultas das ideias daquele físico norte-americano nascido na Pensilvânia em 1917 e naturalizado brasileiro em 1954.

Todavia, é possível que a memória da água seja o registro magnético da energia de um estado quântico específico, de cada uma das partículas do princípio ativo, o qual este está em sobreposição de solução e soluto, ou seja, está diluído e concentrado simultaneamente, em conexão aos fótons emitidos pela atividade elétrica de neurônios e miócitos. Esta é uma possibilidade plausível conforme aventado por Benveniste, que sugeriu que água agisse tal qual uma “fita magnética” na gravação das informações. Ou seja, os átomos de hidrogênio e oxigênio constituintes da água formariam uma “rede de conhecimento oculto sobre todas as propriedades físicas que poderiam ter, mas a mecânica quântica limita o que podemos saber delas” (David Bohm apud Joanne Baker). A partir das “variáveis ocultas” de Bohm, pela equação de Schrödinger e pelo princípio da complementaridade de Bohr, em conformidades aos trabalhos experimentais de Benveniste, Emoto, Montagnier e Kröplin, a interpretação do Brasil estabelece as bases da homeopatia quântica, a seguir…

3) Entrelaçamento quântico homeopático:

O mecanismo de ação da homeopatia pode ser fundamentado pela mecânica quântica: Neste caso, ocorre um entrelaçamento quântico entre o soluto e o solvente na solução medicamentosa. Uma vez emaranhados na dispersão, o disperso e o dispersante formam um sistema singular, emaranhado e individualizado, com propriedades medicinais ou curativas as quais poderão ser administradas ao paciente a ser tratado. O mesmo não acontece com rios, lagos, esgotos e etc., porque as dispersões homeopáticas apresentam volumes compatíveis com as dimensões teciduais dos organismos vivos.

Embora os oceanos sejam importantes na memória coletiva da água, ainda assim, as ondas do mar não se manifestam em um frasco de solução medicamentosa, pois as grandezas homeopáticas são citológicas e histológicas, mas não geográficas. Em outras palavras, as dispersões de esgotos, rios, lagos, mares e oceanos são dispersões de dimensões geográficas, enquanto que as soluções homeopáticas são dispersões de dimensões orgânicas.

Assim, pequenas modificações na configuração eletrônica e magnética das substâncias diluídas, induzidas pelo emaranhamento quântico, ou seja, determinadas por padrões de spin eletrônico atribuídos ao estado entrelaçado, podem desencadear amplos e profundos incrementos funcionais aos remédios, em conformidade ao efeito borboleta da teoria do caos, de Edward Lorenz (USA), desde que se considere a complementaridade entre sistemas lineares e não lineares. É de se notar que o fenômeno do entrelaçamento quântico possa ser definido como sendo a sobreposição de estados quânticos envolvendo mais de uma partícula. Além do emaranhamento entre soluto e solvente, as soluções mais concentradas se entrelaçam às soluções mais diluídas, desde que haja o processo de sucussão da dinamização homeopática.

As hipóteses de Venturelli inferem que o entrelaçamento quântico interpessoal, qual seja, entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia, vem a compor um sistema de emaranhamento complexo com as soluções homeopáticas, estas que entrelaçam o soluto ao solvente. Deste modo, a ressonância entre a memória do médico e a memória da água, em uma solução homeopática, tem como mediador o entrelaçamento interpessoal.

A ressonância entre a memória do médico e a memória da água aumenta a amplitude do soluto memorizado e promove o colapso da função de onda da solução, o que transforma essa função de onda em vetor de estado do soluto, conforme a representação do operador clínico, significando com isso, que o conhecimento acadêmico dos diversos princípios ativos é imprescindível para que haja essa ressonância. Assim, não é o desejo ou a vontade do médico, ou sequer sua condição moral, que deflagra esse colapso da função de onda e que manifesta o observável clínico associado ao vetor de estado do soluto, mas sim, é a ressonância de seu conhecimento científico que colapsa a função de onda e manifesta o observável clínico do soluto.

4) Memória da água na homeopatia quântica:

Em que pese os experimentos de Benveniste, Emoto, Kröplin e Montagnier terem demonstrado a memória da água, os mesmos não foram trabalhos especificamente homeopáticos, mas a interpretação do Brasil se dedica essencialmente à ciência da medicina homeopática.

4.1) Memória hídrica da energia vital de origem psicológica:

A água é sensível, por assim dizer, à energia gerada pelas ondas cerebrais associadas aos fenômenos psicológicos do estado consciente, subconsciente ou pré-consciente e inconsciente, de modo que as designações de elementos químicos e de substâncias compostas, na prescrição médica, que venham acompanhadas pelas rotulações correspondentes, na formulação farmacêutica, podem, por si só, induzir reações na água que sejam compatíveis com as vibrações daqueles elementos e daquelas substâncias, de forma que a água resgate a memória de solvente que em algum espaço e em algum tempo passado ou futuro na história do universo, tenha diluído ou venha a diluir esses mesmos elementos e essas mesmas substâncias. Esta memorização psicológica, relatada acima, tem um mecanismo semelhante àquele descrito por Masaru Emoto em sua obra sobre as mensagens da água, nos anos 90 do século XX. Este efeito medicamentoso é completamente diferente do efeito placebo, pois na memória psicológica da água ocorrem alterações na estrutura da substância líquida determinadas por um soluto específico, que é memorizado pelo solvente, enquanto que no efeito placebo só há a autossugestão do paciente. É importante ressaltar, inclusive, que embora seja uma memória psicológica, esta não depende da intenção, da moral ou das emoções do médico ou do paciente, mas apenas e tão somente do conhecimento técnico da medicina exercida na prescrição, sendo um princípio de impessoalidade válido em todos os casos.

4.2) Memória hídrica da energia vital de origem visceral ou neurológica:

Além disso, a água reage às ondas geradas das necessidades fisiológicas e orgânicas das unidades dos seres vivos, de modo que possa memorizar as vibrações dos elementos químicos formadores das substâncias simples e dos íons ou eletrólitos, bem como as vibrações das substâncias compostas, de forma que possa suprir parcialmente a deficiência de minerais, de vitaminas e de outros constituintes desses mesmos organismos, através dessa memorização, o que é particularmente significativo quando esta memória fisiológica ou orgânica atua em sinergia com a memória hídrica de origem psicológica, mecânica ou eletromagnética. Neste caso, também, o efeito homeopático é totalmente independente do efeito placebo, pois na memória neurológica ou orgânica descrita acima o solvente se adapta ao soluto em uma solução memorizada, mas por outro lado, no efeito placebo ocorre apenas o fenômeno psicológico de autossugestão do paciente.

4.3) Memória hídrica da energia vital de origem mecânica:

E, principalmente, a água memoriza as informações pelas agitações de soluções concentradas que são procedidas simultaneamente às diluições das mesmas, o que faz com que as soluções diluídas ou ultradiluídas retenham a memória das vibrações e dos estados quânticos específicos das partículas daquelas soluções concentradas, desde que essas agitações, chamadas de sucussões, com as respectivas diluições, estejam em conformidade à técnica homeopática, especialmente de Hahnemann (Alemanha) ou de Hering (Alemanha). Esta é a clássica memória da água que foi e que vem sendo argumentada pelos médicos homeopatas para legitimar a prática da homeopatia, a partir das ideias de Jacques Benveniste nos anos 80 do século XX. Na memória hídrica descrita aqui, da mecânica homeopática propriamente dita, o efeito medicamentoso não tem nenhuma relação com o efeito placebo, pois na memória mecânica o soluto deixa sua marca na solução, enquanto que no efeito placebo só se verifica a autossugestão do paciente.

4.4) Memória coletiva da água:

Seja a citação de “O livro da psicologia (As grandes ideias de todos os tempos)” de vários autores, incluindo Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins – “Para Jung, … parte da psique humana contém ideias preservadas em uma estrutura atemporal que age como uma espécie de ‘memória coletiva’ … é o ‘inconsciente coletivo’.”

E esta citação da obra “Tudo o que você precisa saber sobre psicologia: Um livro prático sobre o estudo da mente humana” de Paul Kleinman – “A memória em psicologia cognitiva se refere aos processos utilizados em aquisição, armazenamento, retenção e recuperação de informações.”

Pelas hipóteses de Venturelli, a memória coletiva inserida no inconsciente coletivo é transmitida pela água, e não pelos neurônios ou pelos ácidos nucleicos.

5) Informação quântica em estado “meta” da água:

Antes de ocorrer o colapso da função de onda, a informação quântica, que é transmitida pela memória da água, fica suspensa, quer dizer, em um estado sobreposto de vários estados ao longo de um sistema de entrelaçamento interpessoal, este que é o emaranhamento quântico entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia. De outro modo, após o rompimento do estado entrelaçado o princípio ativo se precipita no organismo do paciente e a informação quântica se define em observável clínico.

Quer dizer, a função de onda da homeopatia é a função de onda da solução homeopática, a qual envolve o soluto e o solvente, porém, o estado concentrado e o estado diluído se encontram em sobreposição no estado meta-aquático, ou em outras palavras, o estado “meta” da água é a função de onda da solução, enquanto que o vetor de estado do soluto possa ser um estado ortoaquático ou para-aquático, simplesmente porque a manifestação do princípio ativo é tão somente virtual, pelo menos nas ultradiluições, a pesar de resultar em um observável clínico desse vetor memorizado em código binário.

Ou seja, a solução diluída é o metaestado de memória da água, enquanto que a solução concentrada pode ser tanto um ortoestado quanto um paraestado de memória da água. A solução homeopática em estado meta-hídrico é apenas o solvente sem o soluto, ou em sobreposição ao soluto, i.é., em estado indefinido, por outro lado, essa mesma solução em estado orto-hídrico, ou para-hídrico, representa o soluto sem o solvente, ou a mesma solução supersaturada de soluto, i.é., em estado definido.

Misturas químicas são dispersões e estas podem ser soluções, coloides e suspensões. O dispersante ou dispergente é a substância que está em maior quantidade e promove a dispersão, ao passo que o disperso é a substância espalhada que se encontra em menor quantidade. As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase, enquanto que as misturas heterogêneas possuem mais de uma fase. Nas soluções, o disperso tem dimensões de até um nanômetro; nos coloides, o disperso tem dimensões entre um nanômetro e mil nanômetros ou um micrômetro; nas suspensões, o disperso tem dimensões maiores do que mil nanômetros ou um micrômetro. Soluções são misturas homogêneas caracterizadas por dispersões monofásicas de um soluto o qual é disperso em um solvente, este que vem a ser o dispersante ou dispergente.

A dualidade entre onda e partícula é a manifestação complementar de um sistema disperso (ondulatório) em relação a um sistema não disperso (corpuscular) estando tudo isso em conformidade ao princípio da complementaridade, do físico dinamarquês Niels Bohr, aplicado à homeopatia pela equação de Schrödinger. Ou seja, a onda tem analogia à dispersão, enquanto que a partícula tem analogia ao soluto não disperso, i. é, ao corpúsculo. A função de onda da homeopatia é a sobreposição de estados do princípio ativo, que está simultaneamente diluído ou disperso e concentrado ou precipitado. Então, no colapso da função de onda, o princípio ativo se define em partícula referida ao organismo tratado, no entanto, uma vez definido em corpúsculo, o soluto pode ter um registro magnético na água de sua posição ou de seu momento.

A disposição molecular da água em “orto”, “meta” e “para” promove um sistema binário de registro em bit quântico, ou qubit, à semelhança dos computadores quânticos, com a disposição “meta” sendo o estado de sobreposição, em que esse sistema binário vem a ser o registro magnético de memória da água em relação às partículas de soluto previamente diluídas.

6) Versão homeopática da equação de Schrödinger:

A partir da formulação matemática do cientista austríaco Erwin Schrödinger, as hipóteses de Venturelli idealizam a seguinte representação…

H Ψ = E Ψ

Onde: H = operador clínico ou homeopático da solução; Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto; E = observável clínico do soluto.

A água está em entrelaçamento quântico de sobreposição ao soluto, portanto, a solução diluída está em superposição à solução concentrada. Ou seja, a solução diluída é o metaestado de memória da água, enquanto que a solução concentrada pode ser tanto um ortoestado quanto um paraestado de memória da água.

6.1) Cálculo integral da função de onda homeopática: ∫ Ψ² dx = 1 

A integral de Ψ² com os limites de integração entre menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞) mostra que qualquer partícula de soluto na solução homeopática pode ser referida a qualquer ponto do universo, de modo que sejam válidas as ultradiluições, apesar das partículas serem referidas a qualquer ponto do universo pelo registro magnético da água em entrelaçamento quântico.

∫ Ψ² dx = 1

Onde: ∫ = integral cujos limites de integração são menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞); Ψ² = quadrado de psi, que tem analogia a f(x) = y, e retrata a probabilidade do soluto ser registrado de algum ponto ou lugar no espaço; dx = diferencial de x, que significa em relação a “x” ou em respeito a “x”; 1 = 100%).

6.2) Colapso da função de onda e princípio da incerteza de Heisenberg:

Nas hipóteses de Venturelli da interpretação do Brasil, a equação de Schrödinger é uma manifestação matemática da energia vital, de natureza psicológica e neurológica, representada na ciência homeopática da medicina natural. Assim sendo, na função de onda da homeopatia, o caráter ondulatório do soluto, disperso no solvente da solução, flutua na sobreposição de estados, da grandeza de posição e de momento, considerados estados quânticos de grandezas complementares em soluções dinamizadas, sendo que com o colapso da função de onda, o soluto se manifesta em seu caráter corpuscular associado ao observável clínico, embora a memória da água seja o registro magnético ora de sua posição ora de seu momento.

A unidade imaginária expressa por i = √-1 ou i² = -1 quando inserida na álgebra linear, da equação de Schrödinger independente do tempo, não condiz com nenhuma realidade física, mas sim com a realidade psíquica. Deste modo, quando um operador autoadjunto leva a um autovalor real, a operação é mental e a realidade é de natureza psicológica, embora o autovalor possa ser de natureza neurológica e visceral. É de se notar, inclusive, que os limites de integração da função de onda tampouco expressam uma grandeza em medição física real, mas apenas imaginária, psíquica, vez que o infinito não é um número, mas sim, uma ideia.

A matemática imaginária da mecânica quântica traduz a participação da psique ou do psiquismo na função de onda, psi, Ψ. Assim, as funções de onda quântica são funções matemáticas relativas às ondas cerebrais. Ou seja, a função de onda quântica piloto é relativa a uma função de onda cerebral. A alternância entre consciente e inconsciente produz a alternância entre partícula e onda, e entre posição e momento. Quando se tem consciência da posição o momento passa a ser inconsciente, enquanto que, quando se tem consciência do momento a posição passa a ser inconsciente, a posição sendo corpuscular e o momento sendo ondulatório.

Quando o soluto é mergulhado no solvente e ambos são agitados pelas sucussões homeopáticas ou entram em fase de ressonância com a interação da água com o neuropsiquismo do médico, estes já ressonantes entre si, a função de onda da solução é o estado meta-aquátco, o qual este é uma função de onda que pode colapsar para o estado ortoaquático ou para-aquático.

6.3) Espaço vetorial complexo da homeopatia (espaço de Hilbert homeopático):

Seja um espaço vetorial em que por um lado o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o id de Freud ou o inconsciente relacionado à energia potencial ou adormecida, e por outro lado o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o superego de Freud ou o consciente relacionado à energia cinética ou desperta, enquanto que o vetor “Ψ” da combinação linear entre “X” e “Y” seja o ego de Freud ou o self de Jung, assim sendo, o colapso ou “autocolapso” da função de onda “Ψ” resulta na energia total do sistema nervoso associado ao vetor de estado “Ψ”.

De outra forma, essa representação de Venturelli também pode ser descrita a seguir…

Seja um espaço vetorial em que por um lado o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o inconsciente enquanto que o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o consciente, assim, o vetor “Ψ” da combinação linear entre “X” e “Y” poderá ser o ego da teoria de Freud, o self da teoria de Jung e, ainda, ambos sobrepostos, ou definido simplesmente em pré-consciente o qual pode ser chamado também de subconsciente, mas desde que seja a sede do conhecimento, incluindo o acervo pessoal da informação científica.

Diante desse gráfico cartesiano (de René Descartes, da França) que constitui um espaço vetorial, pois o conjunto de funções quadrado integráveis vem a ser um espaço vetorial, imperativo se faz diferenciar consciente de conhecimento, vez que conhecimento é um estado de agregação da informação pertencente ao pré-consciente e não ao consciente (segundo Paul Kleinman, em seu livro publicado nos Estados Unidos da América – USA).

Pelas hipóteses de Venturelli da interpretação do Brasil, a informação imediata está vinculada ao consciente, tal qual uma derivada do conhecimento, mas o conjunto de informações, ou seja, o cabedal completo de dados, é uma integral ligada ao subconsciente ou pré-consciente… A informação consciente tem uma taxa de variação instantânea e é uma derivada do conhecimento subconsciente integral. Neste caso e nos outros, a consciência tem o significado de informação técnica da consciência, mas não necessariamente a consciência moral.

Uma vez que se tenha o conhecimento da física e da química, ou seja, a coleção da informação científica sediada no subconsciente, isto posto, a consciência da posição de uma partícula quântica implica no fenômeno corpuscular e a consciência do momento dessa partícula implica no fenômeno ondulatório, ambos sendo mutuamente excludentes, mas complementares, de acordo com o princípio da complementaridade de Bohr, da interpretação de Copenhague. Quando se está consciente do corpúsculo a onda é inconsciente e quando se está consciente da onda o corpúsculo é inconsciente.

E interessante notar que o ego da teoria de Freud é compatível com a ideia de subconsciente ou pré-consciente da representação de Venturelli, enquanto que o self da teoria de Jung é o principal arquétipo do inconsciente coletivo, o que sugere que a superposição do ego ao self seja a sobreposição do subconsciente ou pré-consciente pessoal ao inconsciente coletivo, ou mais especificamente, ao subconsciente coletivo. Na interpretação do Brasil, então, o self da teoria de Jung se enquadra melhor no subconsciente coletivo, e não no inconsciente coletivo.

6.4) Operador clínico da função de onda homeopática:

A força do pensamento, que pode ser chamada de energia mental ou energia do pensamento, é uma força ou energia involuntária que age naturalmente mudando o comportamento de onda e de corpúsculo, dos elétrons e dos íons livres, alternando os estados consciente e inconsciente referente à informação técnica de posição e de momento. A consciência da posição transforma o fenômeno de ondulatório para corpuscular e a consciência do momento transforma o fenômeno de corpuscular para ondulatório, pelo princípio da incerteza e da complementaridade, assim como a consciência do tratamento transforma a doença em saúde e a consciência da saúde transforma a doença em tratamento, pelo princípio da semelhança de Hahnemann e pelo princípio de memória da água de Benveniste, Emoto, Kröplin, Montagnier, Henry e Venturelli.

Na interpretação do Brasil, a função de onda é um vetor de combinação linear entre duas ou mais posições ou entre posição e momento, e etc., podendo ser, portanto, uma combinação linear entre partícula e onda, quer dizer, a função de onda pode agir como uma onda de outra onda, ou uma função de onda de outras ondas ou de outras funções de onda, isso porque ao ser intermediária entre dois estados psíquicos, um consciente e outro inconsciente, a função de onda da interpretação brasileira não se restringe a dois ou mais estados físicos, podendo ser uma combinação linear de duas ou mais grandezas físicas, as quais podem ser corpusculares ou ondulatórias, lembrando da onda piloto proposta pelo americano e brasileiro David Bohm.

Pelo princípio da semelhança, a consciência da doença é a consciência do tratamento da doença. A função de onda do subconsciente colapsa para a consciência do tratamento e para o inconsciente coletivo da doença, onde a patologia será dispersa e permanecerá contida ou ressurgirá como moléstia frente a um novo agente nocivo. O inconsciente coletivo é um estado de inconsciência comum ao médico, ao paciente e ao pessoal da farmácia, dentre outras pessoas.

Simultaneamente ao colapso da função de onda do pré-consciente (ou subconsciente) em estado consciente do tratamento e estado inconsciente coletivo da doença, sincronicamente ocorre o colapso da função de onda da solução correspondida pelo colapso da função de onda do estado meta-aquático, transformada em vetor de estado do soluto correspondido pelos estados ortoaquático e para-aquático, sendo que estes estados orto e para da água tanto podem definir a posição quanto o momento, mas desde que sejam uma definição relativa ao soluto enquanto vetor de estado do princípio ativo e não relativa ao solvente enquanto função de onda da solução.

6.5) Analogias da homeopatia quântica pela equação de Schrödinger:

Nas hipóteses de Venturelli da mecânica quântica propriamente dita, pela equação de Schrödinger, o operador linear é a representação da psique, ou seja, da totalidade psíquica que atua na transformação da sobreposição entre os estados consciente e inconsciente, que significa o estado de superposição equivalente ao subconsciente, o qual estado sobreposto tem correspondência metapsíquica, no que, portanto, esta superposição pode ser chamada de função de onda metapsíquica, ou senão, de estado metapsíquico. Por outro lado, o observável físico é o coeficiente escalar dos estados alternantes de ortopsiquismo e de parapsiquismo, sendo que o estado ortopsíquico é consciente e o estado parapsíquico é inconsciente, e ainda, o lado esquerdo da equação sendo psicológico e o lado direito sendo neurológico.

Nas hipóteses de Venturelli da mecânica quântica homeopática, pela equação de Schrödinger, o operador linear também é a representação da totalidade psíquica, ou seja, da psique que atua na transformação da superposição entre os estados consciente e inconsciente, que significa o estado de sobreposição equivalente ao subconsciente, o qual estado superposto tem correspondência metapsíquica e meta-aquática, no que, portanto, esta superposição pode ser chamada de função de onda metapsíquica e meta-aquática, ou senão, de estado metapsíquico e meta-aquático. Por outro lado, o observável clínico é o coeficiente escalar de natureza neurológica do estado ortopsíquico e orto-aquático, bem como parapsíquico e para-aquático, sendo que, deste modo, o lado esquerdo da equação é psicológico e o lado direito é neurológico.

Em todos os casos, o ortopsiquismo consciente e o parapsiquismo incosciente podem se referir, ambos, ao momento ou à posição das partículas elétricas ou iônicas. A totalidade psíquica é a natureza psicológica que inclui a consciência regente da alma pensante ou da mente, que dizer, dirigente do raciocínio ou do espírito racional citado por Hahnemann, assim como essa totalidade psíquica é, também, a natureza psicológica que inclui o estado inconsciente gestor do organismo, ou seja, de caráter psicossomático; de qualquer modo, a integral psíquica é a psique propriamente dita integrada pelos estados consciente e inconsciente (e implicitamente subconsciente) enquanto que a função de onda é exclusivamente a combinação linear entre os estados consciente e inconsciente, qual seja, o estado subconsciente que pode ser chamado de metaconsciente, no entanto, essas são separações discretas, as quais delimitam distinções ainda mais sutis da psicologia quando se conclui que todos esses estados são interconexos. Em outras palavras, a totalidade psíquica é a psique a qual tem propriedades mentais e corporais.

O lado esquerdo da equação de Schrödinger é psicológico porque envolve o caráter racional e irracional ou instintivo, ou ainda, porque abrange razão e emoção, enquanto que o lado direito da equação engloba o comportamento somático ou muscular que inclui a ação voluntária, bem como o comportamento visceral que inclui a ação autonômica, contanto que haja a interconexão de psicologia e neurologia, ainda que sejam tenuemente distintas. É deste modo perceptível, que o lado esquerdo da equação seja eminentemente aferente, vez que a função de onda nada mais é do que o vetor de entrada, enquanto que o lado direito da equação seja eminentemente eferente, vez que o vetor do estado quântico pós-colapsado nada mais é do que o vetor de saída. Para ser mais específico, a psicologia é primariamente aferente e secundariamente eferente, enquanto que a neurologia é primariamente eferente e secundariamente aferente, quer dizer, a psicologia é primordialmente sensitiva e subsidiariamente motora, enquanto que a neurologia é primordialmente motora e subsidiariamente sensitiva, embora esta classificação sirva fundamentalmente aos propósitos matemáticos da álgebra linear.

6.6) Classificação do sistema nervoso pela interpretação do Brasil:

A divisão funcional do sistema nervoso é a classificação em sistema nervoso somático e visceral, ambos podendo ser de vias aferentes e eferentes, mas no caso do sistema nervoso visceral as vias eferentes caracterizam o sistema nervoso autônomo, o qual pode ser simpático ou parassimpático. No entanto, pelas hipóteses de Venturelli, a divisão funcional do sistema nervoso é a classificação em sistema nervoso psicológico ou aferente e sistema nervoso neurológico ou eferente, embora a caracterização de aferente e eferente seja relativa à preponderância não absoluta de cada uma dessas vias de entrada e de saída, o que serve principalmente à conceituação de trajeto do vetor de entrada (aferente ou receptivo) e do vetor de saída (eferente ou motor). Todavia, é evidente que os interneurônios ou neurônios internunciais são neurônios de associação psicológica ou neurológica, ou ainda, de associação neurológica e psicológica, ou seja, essas divisões são meramente artifícios algébricos.

O sistema neuronal e psicológico é aferente ou receptivo da função de onda e eferente ou motor de seu colapso, enquanto que o sistema neuronal e neurológico é aferente e receptivo do colapso da função de onda e eferente ou motor do vetor de estado quântico pós-colapso. Quer dizer, ambas as divisões do sistema nervoso são neuronais, ou seja, ambas são compostas por neurônios e ambas aferentes e eferentes, além disso, ambas as divisões são relativas aos estados “orto”, “meta” e “para” da água, porém, o sistema psicológico é mais metaneuronal referente à individualidade, enquanto que o sistema neurológico é mais ortoneuronal e paraneuronal, os quais estados são mais relacionados à impessoalidade.

Exemplificando, no indivíduo acordado prevalece o caráter psicológico da pessoa, ou seja, seu “eu”, quer dizer, o ego ou o self, predomina também, seu raciocínio; enquanto que no indivíduo em coma prevalecem seus reflexos motores, tais como os sinais de Kernig e Brudzinski, por exemplo, os quais são comuns a determinadas doenças e não específicos de determinados indivíduos.

A psicologia é de natureza predominantemente consciente e inconsciente, já a neurologia é de natureza predominantemente consciente ou inconsciente. A natureza psicológica é afeta à abstração do princípio vital, ou da força vital, enquanto que a natureza neurológica é afeta à definição física da energia vital ou energia biológica, por isso é que o lado esquerdo da equação de Schrödinger é psicológico e o lado direito é neurológico. E ademais da psicologia e da neurologia convém citar a psiquiatria, em que o médico faz avaliações de propriedade ou qualidade psicológica e condutas de propriedade ou qualidade neurológica.

O estado metaneuronal é principalmente sensível, por assim dizer, aos estados ortoneuronal e paraneuronal, isso porque recebe informações de ambos os estados, ou seja, o estado metaneuronal é aferente ou receptivo aos estados ortoneuronal e paraneuronal, mas também atua sobre ou emite informações a ambos, sendo secundariamente eferente; por outro lado, os estados ortoneuronal e paraneuronal são principalmente emissores de informações ao estado metaneuronal, ou seja, são primordialmente eferentes, mas são secundariamente receptores deste ou aferentes do mesmo.

A síndrome mínima de valor máximo (SMVM) é uma base prescricional maior das rubricas individuais ou mentais e psicológicas, enquanto que as prescrições organotrópicas ou clínicas se baseiam mais nas rubricas patológicas ou impessoais e neurológicas.

7) Mecânica quântica homeopática:

A ação da gravidade independe do conhecimento sobre os fundamentos de Galileu Galilei (Itália, séc. XVI) e acerca das leis de Newton (Inglaterra, séc. XVII), assim como também não depende da consciência e sequer do desejo ou da vontade humana, mas a mecânica quântica depende do conhecimento humano da física e da química, ademais da consciência, embora não dependa do desejo ou da vontade. A alternância entre o estado consciente e o estado inconsciente de um cientista experimentador resulta na alternância entre partícula e onda, e entre posição e momento. Quando o cientista tem consciência da posição o momento se torna inconsciente, enquanto que, quando o cientista tem consciência do momento a posição vem a ser inconsciente, sendo que a posição é corpuscular e o momento é ondulatório.

7.1) Vitalismo homeopático:

A homeopatia sempre foi um fantasma científico, e a homeopatia quântica insere na medicina a ideia das “ações fantasmagóricas à distância”, sendo que a expressão entre aspas é uma referência à citação do célebre cientista judeu alemão, Albert Einstein, que versa sobre o fenômeno das influências previsto por Niels Bohr e pela interpretação de Copenhague. A obra “O enigma Quântico” de Bruce Rosenblum e Fred Kuttnner questiona “se existe uma ‘mente’ que seja diferente do cérebro físico”, e “como ela se comunica com o cérebro?” afirmando que “Esse mistério faz lembrar a conexão de dois objetos quanticamente emaranhados entre si – por meio daquilo que Einstein chamou de ‘ações fantasmagóricas’ e Bohr de ‘influências’.”

O princípio vital é imaterial ou “fantasmagórico”, mas a questão da consciência e o efeito do observador na mecânica quântica também foram questões tratadas como sendo “fantasmagóricas” por Einstein e por outros cientistas, exemplo disso foi a ironia do experimento de pensamento do “Gato de Schrödinger”, embora essas indagações tenham sido sustentadas com seriedade por diversos nomes de peso nas ciências físicas, químicas e biológicas.

Pode-se dizer que vitalismo seja o estudo das manifestações do princípio vital ou da energia vital, e que princípio vital seja a propriedade que os organismos vivos têm de converter energia física e química em energia vital ou biológica.

Samuel Hahnemann no século 19 adotou a concepção ternária do médico francês Paul Joseph Barthez, do século 18, em subdividir o ser humano em corpo, alma pensante e princípio vital; ou seja, por alma pode ser entendida a mente, a psique. Neste sentido, o princípio vital vem a ser a unidade essencial do ser vivo, uma espécie de ponte unificadora entre a matéria corporal e o psiquismo abstrato, quer dizer, a função de onda entre o corpo e a mente.

a) Matéria corporal: É o corpo, o organismo constituído das moléculas de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, do acrônimo CHONPS, além do metaloma, este que é constituído pelos elementos traços e microtraços correspondentes ao metabolismo dos micronutrientes. É uma manifestação orgânica e ponderal. A matéria corporal é somática.

b) Alma pensante: É a mente, o psiquismo da abstração dos pensamentos racionais e dos sonhos, o aparato psíquico da manifestação do consciente e do inconsciente alternantes, são as expressões da razão e da emoção, do raciocínio e da lógica consciente ou dos sonhos e da intuição. É uma manifestação neuropsicológica e psicossomática. A alma pensante é cerebral.

c) Princípio vital: É a unidade intermediária que permeia o corpo e a mente, a essência vital que exerce influência no metabolismo orgânico e na expressão das funções psíquicas conscientes e inconscientes. É a função de onda entre o estado consciente que coordena a mente e o estado inconsciente que coordena o funcionamento do organismo. É uma manifestação essencialmente psicológica. O princípio vital é transcendental.

Sejam os seguintes parágrafos do livro Organon de Samuel Hahnemann publicado pela primeira vez em 1810:

§ 9: “No estado de saúde do indivíduo reina, de modo absoluto, a força vital imaterial (autocrática) que anima o corpo material (organismo) de modo dinâmico, mantendo todas as suas partes em processo vital admiravelmente harmônico em suas sensações e funções, de maneira que nosso espírito racional que nele habita, possa servir-se livremente desse instrumento vivo e sadio para o mais elevado objetivo de nossa existência.”

§ 10: “… Somente o ser imaterial (princípio vital) que anima o organismo no estado saudável ou doente lhe confere toda a sensação e estimula suas funções vitais.”

§ 11: “O que é influência dinâmica, força dinâmica? Percebemos que a nossa Terra, por uma força secreta e invisível faz girar sua Lua em 28 dias e algumas horas e como, por sua vez a Lua, alternadamente, em horas fixas faz subir nossos mares do norte nas marés cheias e durante as mesmas horas novamente faz descer nas marés baixas (sem contar algumas diferenças por ocasião da Lua cheia e da lua nova)… … assemelhando-se à força de um imã quando atrai poderosamente um pedaço de ferro ou aço que esteja próximo.”

§ 16: “… os medicamentos podem restabelecer a saúde e a harmonia vital e, de fato, as restabelecem, somente através do efeito dinâmico sobre o princípio vital…”

§ 26: “… Uma afecção dinâmica mais fraca é extinta de modo duradouro no organismo vivo por outra mais forte, quando esta (embora de espécie diferente) seja muito semelhante àquela em suas manifestações…”

§ 78: “As verdadeiras doenças crônicas naturais são aquelas provenientes de um miasma crônico… …pois a constituição física mais robusta, o mais regrado modo de vida e a força vital de maior energia não têm condições de superá-las.”

§ 269: “… Mas há uma lei na natureza pela qual as mudanças fisiológicas e patogenéticas ocorrem no organismo vivo, por meio de forças capazes de alterar a matéria crua dos meios medicamentosos, pela trituração ou pela sucussão, porém, com a condição de interpor um veículo não medicamentoso (indiferente) em certas proporções.”

§ 269 (nota): “… Observa-se a mesma coisa numa barra de ferro e um bastão de aço na qual não se pode ignorar um vestígio adormecido da força magnética latente… …da mesma forma, a trituração de uma droga e a sucussão de sua diluição (dinamização, potenciação) desenvolverá sua força medicamentosa latente e a manifestará cada vez mais, desmaterializando mais a própria matéria, se é que se pode falar desse modo.”

7.2) Biocentrismo homeopático:

Sejam os três primeiros princípios do biocentrismo de Lanza: “O que percebemos como realidade é um processo que depende da consciência.” (primeiro princípio). “Nossas percepções interiores e exteriores estão inexoravelmente entrelaçadas; são as duas faces de uma mesma moeda que não se podem separar.” (segundo princípio). “O comportamento das partículas subatômicas – e em definitivo de todas as partículas e objetos – está inexoravelmente ligado a presença de um observador. Sem a presença de um observador consciente, existem, quando muito, em um estado indeterminado de ondas de probabilidade.” (terceiro princípio biocêntrico). Nas hipótese de Venturelli, a função de onda enquanto amplitude da onda de probabilidade é simplesmente uma relação do conhecimento, conforme proposto por David Bohm (USA e Brasil)…

“Segundo a Teoria de De Broglie-Bohm, o que chamamos anteriormente de entes quânticos são partículas, cujo movimento é ditado por uma equação derivada da equação de Schrödinger. As partículas seguem trajetórias bem definidas, guiadas por ondas, e o caráter probabilístico da teoria surge pelo desconhecimento das condições iniciais do movimento.” (do Livro disponibilizado pela Amazon, em 2025, intitulado “Uma Breve História ​da Física Quântica” de Luís Orlando Emerich dos Santos, que lembra da importância pioneira do cientista francês Louis de Broglie, nome de referência primordial, desde 1924, tanto na interpretação de Copenhague quanto na interpretação do Brasil).

Nas hipóteses de Venturelli, a função de onda da sobreposição do estado consciente ao estado inconsciente, ou da superposição entre mente e corpo, vem a ter correspondência ao ego da teoria de Freud ou ao self da teoria de Jung, o que caracteriza o pré-consciente ou subconsciente, ou ainda, mais amplamente, o princípio vital do vitalismo homeopático.

Ao inferir na mecânica quântica, o princípio vital da homeopatia, as hipóteses de Venturelli são inspiradas, também, no biocentrismo do cientista norte americano Robert Lanza. Assim, na inferição de um princípio vital na estruturação e na organização iônica e molecular, o biocentrismo homeopático, por extensão, também postula que a vida seja a fonte ordenadora de todas as formas de matéria, tanto de modo direto na matéria viva ou orgânica, quanto de modo indireto na matéria bruta ou mineral, neste caso, notadamente na água.

A propriedade que os organismos vivos têm de converter energia física e química, em energia biológica, é manifestação de uma força originária de um princípio vital. Força vital é o princípio dinâmico da vida, de modo que também se possa definir energia vital como sendo o dinamismo biológico inerente aos seres dotados de vida. Se energia biológica vem a ser o dinamismo intrínseco de cada ser vivo, é razoável que princípio vital seja a essência que promova o impulso inicial dessa energia, ou seja, a fonte da força inicial da vida. Entretanto, em homeopatia não se costuma diferenciar força vital de princípio vital ou energia vital de essência vital. Neste estudo, todavia, o termo princípio vital tem o significado da essência promotora da força primordial que deflagra a existência viva de um ser, o qual ser vivo se desenvolve de forma relativamente independente, autônoma e dinâmica através da energia vital ou biológica, a qual pode ser chamada igualmente, de modo cartesiano, por calor vital.

Seja o livro digital de Mendes, Castro e Mendes sobre a medicina homeopática… “Homeopatia: Noções básicas para a graduação” (Paco Editorial, 2009)…

“… Surgiu o mecanicismo de Descartes (1596-1650). Descartes via o corpo como uma máquina ativada pelo calor coletado no sangue…”

A metodologia cartesiana aplicada ao vitalismo da homeopatia, nas hipóteses de Venturelli da interpretação do Brasil, foi grandemente influenciada por Niels Bohr, em vários aspectos de sua obra, como por exemplo, na profunda similaridade do princípio da complementaridade ao princípio cartesiano da dicotomia entre a análise e a síntese, além de muitos outros paralelos, inclusive no mecanicismo de Descartes, exemplificado no discurso “Luz e Vida” (Copenhague, 1932 / Nature, 1933):

“A própria essência da explicação científica consiste na decomposição de fenômenos complexos em fenômenos mais simples.”… “Ao discutir a aplicabilidade de ideias puramente físicas aos organismos vivos, tratamos a vida, é óbvio, como qualquer outro fenômeno do mundo material. Nem é preciso enfatizar, entretanto, que essa atitude, que é característica da pesquisa biológica, não implica nenhuma desconsideração do aspecto psicológico da vida. Ao contrário, o reconhecimento da limitação dos conceitos mecânicos na física atômica pareceria adequado para conciliar os pontos de vista aparentemente contrastantes da fisiologia e da psicologia. De fato, a necessidade de considerar, na física atômica, a interação dos instrumentos de medida e do objeto investigado exibe uma estreita analogia com as dificuldades peculiares à análise psicológica, provenientes do fato de que o conteúdo mental é invariavelmente alterado quando se concentra a atenção em qualquer um de seus aspectos particulares.” – Niels Bohr (Física Atômica e Conhecimento Humano, Contraponto, 1995).

A termodinâmica do calor circulatório, ou do calor cardiovascular, por assim dizer, presente nas obras de Descartes, é um fundamento da termodinâmica do calor vital, que é um princípio da “Dinamização in Vivo” (Paiva Venturelli, Editora Letramédica, 2004) e da dinamização eletromagnética. Já em relação à mecânica quântica homeopática, vale ressaltar a importância de René Descartes (França) nos gráficos cartesianos do cálculo infinitesimal e da álgebra linear, incluindo a ideia da função de onda ser uma combinação linear entre dois ou mais estados quânticos ou entre duas ou mais grandezas físicas ou químicas e biológicas.

7.3) Filosofias da mecânica quântica homeopática:

Foi somente no último texto da obra “Física Quântica e Conhecimento Humano”, no artigo concluído em 1957, que houve a citação específica a René descartes, por Niels Bohr, o que se deu no artigo baseado na “Palestra Steno na Sociedade de Medicina da Dinamarca”, ocorrida em Copenhague, no ano de 1949, em referência ao enfoque filosófico do modo pelo qual as experiências físicas podem ajudar a explicar a vida orgânica, conferência a qual ocorreu em homenagem ao cientista dinamarquês Niels Steensen (ou Nicolaus Steno)… “Na vertente filosófica, foi sobretudo Descartes quem frisou a semelhança entre os animais e os autômatos (máquinas), mas ele atribuiu aos seres humanos uma alma em interação com o corpo numa certa glândula cerebral.” (Niels Bohr, 1949-1957). E embora tenha havido uma única e derradeira citação de Bohr a Descartes, as menções à filosofia cartesiana ocorrem em vários textos de seu livro publicado no Brasil em 1995…

Em seu discurso sob o título de “Biologia e Física Atômica” no congresso de física e biologia em memória do cientista italiano Luigi Galvani (pioneiro da biofísica) em Bolonha, no ano de 1937, Niels Bohr ingressa a filosofia oriental na ciência atômica e alude mais uma vez o princípio cartesiano de mecanicismo dos organismos vivos…

“O trabalho imortal de Galvani, que inaugurou uma nova era em todo o campo da ciência, ilustra brilhantemente a extrema fecundidade de uma combinação íntima da exploração das leis da natureza inanimada com o estudo das propriedades dos organismos vivos.”… “De fato, toda a estrutura conceitual da física clássica, levada a uma unificação e conclusão tão esplêndidas pelo trabalho de Einstein, assenta-se na suposição, bem adaptada a nossa experiência cotidiana dos fenômenos físicos, de que é possível discriminar entre o comportamento dos objetos materiais e a prática de sua observação. Para um paralelo com a lição da teoria atômica acerca da limitada aplicabilidade dessas idealizações costumeiras, devemos nos voltar, na verdade, para ramos bem diferentes da ciência, como a psicologia, ou até para o tipo de problemas epistemológicos com que já se confrontavam pensadores como Buda e Lao Tsé, ao tentarem harmonizar nossas posições de espectadores e atores no grande drama da vida.”

No campo filosófico, praticamente todos os textos do físico austríaco Fritjof Capra em seu livro “O TAO da Física” (Editora Pensamento – Cultrix, 1985-2013) exerceram enorme influência nas hipóteses de Venturelli… “Os opostos são conceitos abstratos que pertencem ao reino do pensamento; como tal, são relativos. No momento mesmo em que focalizamos nossa atenção num determinado conceito, criamos o seu oposto.”. E logo em seguida a esse texto, Capra exibe o escudo de Niels Bohr com o emblema dos opostos que são complementares.

“Essa noção de equilíbrio dinâmico é essencial à forma pela qual a unidade dos opostos é vivenciada no misticismo oriental. Essa unidade nunca surge como uma identidade estática, mas é sempre uma interação dinâmica entre dois extremos. Esse ponto foi enfatizado mais extensamente pelos sábios chineses em seu simbolismo dos polos arquetípicos yin e yang. Eles denominaram Tao a unidade oculta sob o yin e o yang e o conceberam como um processo que realiza a interação entre os dois polos. ‘Aquilo que faz aparecer agora a escuridão, agora a luz é o Tao’.” – Tudo indicando que o Tao, nos escritos de Fritjof Capra, tenha o mesmo significado de princípio vital nestas hipóteses de Venturelli; porém, anteriormente a essa concepção de dinamismo intrínseco dos opostos, a referida obra “O TAO da Física” diz o seguinte sobre as funções de onda…

“A introdução das ondas de probabilidade resolve, de certa forma, o paradoxo de as partículas serem ondas na medida em que insere esse paradoxo no contexto inteiramente inédito; mas, ao mesmo tempo, dá origem a um outro par de conceitos opostos, ainda mais fundamental: o da existência e da não existência. Esse par de opostos também é transcendido pela realidade atômica. Jamais podemos afirmar que uma partícula atômica exista num determinado lugar; também não podemos afirmar que não exista. Pelo fato de ser um padrão de probabilidade, a partícula tende a existir em diversos lugares, manifestando dessa forma uma estranha modalidade de realidade física entre a existência e a não existência.” – Capra.

“Força e matéria, partículas e ondas, movimento e repouso, existência e não existência – estes são alguns dos conceitos opostos ou contraditórios transcendidos na Física moderna. De todos esses pares opostos, o último parece ser o mais fundamental.” Essas abstrações publicadas por Capra remontam às filosofias orientais, tema o qual também pode ser encontrado no livro “Os Mestres do Tao” de Henry Normand (Editora Pensamento, 1988).

7.4) A questão da consciência na mecânica quântica homeopática:

Seja o que escreveu Osvaldo Pessoa Jr. em seu artigo “O Sujeito na Física Quântica” (Universidade Estadual de Feira de Santana, 2001):

“Uma noção fundamental da Teoria Quântica é a noção de redução de estado. Um objeto microscópico é descrito por uma função de onda ψ(r) que evolui continuamente de acordo com a famosa equação de Schrödinger, até o instante que uma observação deste objeto seja feita. Após esta observação, o estado do objeto (ou seja, sua função de onda) é reduzido de maneira abrupta e descontínua para outro estado. Esta operação formal é conhecida como ‘redução de estado’, tendo sido apontada primeiramente por Werner Heisenberg (1927) e desenvolvida por John von Neumann (1932). Se adotarmos uma interpretação ondulatória (mesmo que só para efeito de discussão), suporemos que tal redução corresponde a uma transição descontínua na realidade, que chamaremos de colapso. Foi Heisenberg quem convenceu a comunidade científica, durante o Congresso de Solvay de 1927, que tal colapso seria provocado pelo observador, e não seria um processo que ocorresse espontaneamente na natureza (como supunha Dirac, neste congresso).”

No volume 1 de seu livro “Conceitos de Física Quântica” (São Paulo, 2003) o mesmo Osvaldo Pessoa Jr. descreve o fato acima no título 1 do capítulo VI.

Seja o que escreveu ainda Osvaldo Pessoa Jr. em seu artigo “Física Quântica: Entenda as diversas interpretações da física quântica” (UOL, 2007)…

“A ideia de que a consciência humana provocaria o colapso de uma partícula surgiu na década de 1930, em um período em que alguns consideravam eminente o surgimento de uma revolução científica na biologia e na psicologia, assim como tinha acontecido na física. Alguns historiadores da ciência, como Max Jammer, mencionam que foi o matemático húngaro John von Neumann quem lançou a ideia de que a consciência humana causaria o colapso, em torno de 1932, mas ele não publicou nada a respeito. Em 1939, o físico alemão Fritz London e o francês Edmond Bauer popularizaram essa visão em um pequeno livro, lançado em Paris, e intitulado ‘La Théorie de l’Observation em Mécanique Quantique’, com versão em inglês publicada em 1983.”

Seja, agora, o que diz o livro “O Enigma Quântico: O encontro da física com a consciência” (de Rosenblum e Kuttner) no título “O encontro ‘oficialmente’ proclamado”:

“Em seu tratado de 1932, ‘The Mathematical Foundations of Quantum Mechanics’, John von Neumann mostrou rigorosamente o inevitável encontro da teoria quântica com a consciência.”

Ainda pela mesma referência bibliográfica acima (de Rosenblum e Kuttner):

“A probabilidade quântica não é a probabilidade de onde o átomo está. É a probabilidade objetiva de onde você (ou qualquer pessoa) poderá encontrá-lo. O átomo não estava em certo lugar até ser observado lá” (página 153) “Segundo a teoria quântica um átomo é ou uma onda espalhada ou uma partícula concentrada” (página 184).

Mais uma vez ainda na referência de Rosenblum e Kuttner, no título “Não vale espiar”…

“Eugene Wigner, um dos mais recentes responsáveis pelo desenvolvimento da teoria quântica e ganhador do prêmio Nobel de Física, criou uma versão da história do gato sugerindo um envolvimento ainda mais forte do observador consciente com o mundo físico do que a história de Schrödinger.”

Neste sentido, seja o que diz o livro “O Mistério Quântico” (de Andrés Cassinello e José Luis Sánchez Gómez, da editora Planeta-España) com tradução em Português de Sandra Martha Dolinsky pela editora Crítica (de Planeta do Brasil) editado em São Paulo, 2017…

“O colapso ocorre quando é possível descobrir o caminho seguido pelo fóton. Ou seja, quando se adquire ou se pode adquirir mais informações sobre o sistema” (página 66)… “A mera possibilidade de se fazer a averiguação do caminho seguido – embora, de fato, não se faça – rompe a sobreposição” (página 74)… “Na verdade, nem sequer é necessário que detectemos efetivamente os fótons. O fato de podermos fazê-lo é o suficiente para produzir o colapso da função de onda” (página 77)… “O que importa não é o que sabemos, é o que podemos saber” (página 79).

Segundo o “Livro da Psicologia” (Collin, Benson e Ginsburg) no título “Sabemos o significado de ‘consciência’ contanto que ninguém nos peça para defini-lo”:

“1641 René Descartes define a consciência de si como a habilidade de pensar.”

“O termo ‘consciência’ é geralmente usado para se referir à percepção que um indivíduo tem dos seus próprios pensamentos, sensações, sentimentos e memórias.”

Segundo o livro “Tudo que você precisa saber sobre psicologia: um livro prático sobre o estudo da mente humana” (Paul Kleinman):

No título “Modelos estruturais da personalidade”…

“Muitas pessoas consideram o superego equivalente à consciência, pois ambos os termos se referem à parte de nossa personalidade que julga o que é certo ou errado.”

No título “Memória”…

“Na verdade, a maior parte de nossa memória armazenada está fora de nossa consciência até que seja necessária. Quando há necessidade, essa informação passa pelo processo de recuperação, permitindo que a memória armazenada seja trazida para a nossa consciência.”

O conhecimento adquirido pela formação profissional e pelos estudos da educação continuada fica armazenado no pré-consciente, o qual pode ser chamado também de subconsciente, que é parte integrante do consciente e do inconsciente, portanto, a função de onda na mecânica quântica homeopática está em função do consciente e do inconsciente, este que surgiu na teoria de Freud, mas também em função do consciente e do inconsciente coletivo da teoria de Jung.

7.6) Releitura da versão homeopática da equação de Schrödinger:

A partir da formulação matemática do físico austríaco Erwin Schrödinger, a interpretação do Brasil infere a seguinte representação…

H Ψ = E Ψ

Onde: O princípio vital (H) se aplica à função de onda da solução (Ψ) e resulta na energia vital (E) e no vetor de estado do soluto (Ψ).

Quando a essência vital (H) se aplica à função de onda da solução, isso significa que a energia vital consciente define o colapso da função de onda, pela transformação linear, resultando na energia vital total associada a cada vetor de estado do soluto de momento ou de posição. Ou seja, a abstração consciente e inconsciente do princípio vital deflagra um força de transformação em que a energia vital consciente colapsa a função de onda enquanto que a energia vital total se associa ora ao momento ora à posição do soluto.

Os estados ortoaquático, meta-aquático e para-aquático são registros magnéticos de spin eletrônico das moléculas de água, deste modo, quanto mais diluída for a solução, tanto menos haverá a dissociação da água nos íons hidrônio ou hidroxônio e hidroxila ou oxidrila, e mais moléculas de água registrarão os estados quânticos específicos, por isso as maiores diluições dinamizadas resultam nas maiores potências matemáticas e medicamentosas.

7.7) A clínica homeopática:

Na mecânica quântica da física e da química, a função de onda pode ser considerada um vetor da combinação linear entre dois ou mais estados quânticos, mas na mecânica quântica homeopática, bem como na mecânica quântica da interpretação do Brasil, a função de onda é uma combinação linear entre o estado consciente e o estado inconsciente, podendo ser definida como o estado pré-consciente ou o subconsciente acompanhado de suas ondas cerebrais ou oscilações neurais, ou ainda, como o ego da teoria de Freud (Áustria) ou o self da teoria de Jung (Suíça).

Na homeopatia, quando o médico tem pleno conhecimento da ciência médica em toda a sua abrangência, na forma do acervo de informações científicas sediadas em seu subconsciente, isto posto, a informação técnica do tratamento homeopático, disponível ao estado consciente do profissional, tem a aptidão de arquivar a doença do paciente no inconsciente coletivo, onde estará tal qual um único evento dividido pela infinidade dos estados profundos do inconsciente de vários indivíduos, ou seja, uma única entidade dividida pelo infinito que compõe o inconsciente coletivo, o que resulta que a doença seja referida a um limite que tende a zero, ou em outras palavras, a doença se anula. A resolução das doenças ocorre pela sobreposição do ego com o self, este sendo um arquétipo do subconsciente coletivo e não exatamente do inconsciente coletivo.

Albert Einstein (Alemanha e Israel) foi um dos fundadores da teoria quântica, junto com o físico alemão Max Planck, este que identificou que a variação da energia eletromagnética é descontínua em porções definidas, chamadas de quanta, e aquele que descreveu a natureza corpuscular da luz, pelo efeito fotoelétrico, o qual efeito levou o físico-químico estadunidense Gilbert Lewis a denominar essas partículas de luz, demonstradas por Einstein, de fótons. No efeito fotoelétrico, o que se tem é a propagação da radiação eletromagnética em ondas e a detecção das mesmas na placa de metal em corpúsculos. Ou seja, a placa de metal no efeito fotoelétrico, descrito por Einstein, tem o mesmo significado da tela de anteparo no célebre experimento realizado incialmente pelo médico britânico Thomas Young, em 1801, o qual experimento é extraordinariamente significativo na física quântica. Tanto na experiência da dupla fenda quanto no efeito fotoelétrico, o momento da partícula é ondulatório pelo deslocamento e a posição é corpuscular pela localização no anteparo da tela ou do metal.

Quando um experimentador tem formação acadêmica científica e estuda a mecânica quântica, observa que o momento de uma partícula é um fenômeno ondulatório e sua posição é um fenômeno corpuscular, deste modo, em conformidade ao princípio da incerteza ou da indeterminação de Heisenberg (Alemanha), quando se verifica a posição de uma partícula o fenômeno deixa de ser ondulatório e se torna corpuscular no colapso da função de onda, isso de acordo com o princípio da complementaridade de Niels Bohr (Dinamarca). No experimento da dupla fenda, quando se examina por qual fenda a partícula passa o fenômeno é corpuscular porque é uma aferição de posição referente à fenda, mas quando não se faz essa verificação o que se constata é o momento o qual é ondulatório. Isso é compatível ao princípio da indeterminação de Heisenberg, bem como ao princípio da complementaridade de Bohr, mas em ambos os casos é requerido um conhecimento, qual seja, da física e da química, bem como uma informação consciente, qual seja, do momento ou da posição.

De modo semelhante, na homeopatia, é necessário um aprendizado das ciências físicas, químicas e biológicas, incluindo a formação médica e filosófica, além do entendimento da mecânica quântica, ressalvadas as variáveis ocultas de Bohm, para que se tenha o melhor exercício profissional, isso sem haver nenhuma participação direta do desejo ou da vontade. Quer dizer, na medicina homeopática se requer um conhecimento amplo, mas também específico, para que sejam obtidos os melhores resultados clínicos de prevenção, promoção e recuperação da saúde.

8) Dinamização eletromagnética (técnica de Venturelli):

É uma técnica homeopática desenvolvida pelo médico Paulo Eduardo de Paiva e Venturelli, com base nos experimentos de Luc Montagnier, que pode ser chamada de técnica de Venturelli e Montagnier. Esta técnica homeopática consiste na irradiação eletromagnética em frequências entre 0,01Hz e 3.000Hz, aplicadas aos frascos com os medicamentos homeopáticos, diluídos da tintura mãe (TM) até a sexta dinamização decimal (D6) o que corresponde à terceira dinamização centesimal (C3), ou ainda, aplicadas ao médico enquanto operador linear.

A mente humana acessa suas memórias através de uma atividade neuronal, a qual pode ser registrada pelo eletroencefalograma, o qual evidencia ondas eletromagnéticas na faixa de frequências extremamente baixas (de sigla ELF, em Inglês, de “extremely low frequencies”, e sigla FEB, em Português) ente 3 Hz e 30 Hz, dentre outras frequências, as quais estão aproximadamente no mesmo intervalo do espectro da Ressonância Schumann. Porém, essa banda de ciclos em hertz (Hz) não é exclusiva da mente ou do cérebro, sendo um atributo da energia vital que independe da vontade ou do desejo, e que não depende apenas da consciência, vez que esse fenômeno energético também compreende a atividade autônoma das células de diversos órgãos e tecidos além do sistema nervoso. Todavia, assim como as frequências de onda da atividade cerebral estão envolvidas no acesso à memória individual, de modo semelhante, as mesmas frequências ondulatórias restauram o registro de uma memória aquática anterior, a cada dinamização específica.

Frequência natural (ou frequência de ressonância) de um corpo ou sistema é a frequência inerente de oscilação do mesmo. Porém, pode haver não apenas uma única frequência natural e sim um conjunto de frequências de ressonância, quer dizer, mais de uma frequência natural de vibração própria. Quando um corpo ou sistema apresenta mais de uma frequência natural, tais vibrações são harmônicas entre si, ou seja, estão em valores que são múltiplos ou submúltiplos da oscilação fundamental. Portanto, quando se aplica a um corpo ou sistema, uma frequência que tenha valor igual ou harmônico a uma de suas frequências naturais, ambos os sistemas entram em amplitude de ressonância.

Os fundamentos da ressonância vital tratam da participação aquática nas soluções homeopáticas, em que a vibração das partículas de soluto e de solvente entram em sintonia de fase com as oscilações neurais, musculoesqueléticas e viscerais, aumentando a amplitude da função de onda homeopática. A região do espectro eletromagnético referente à ressonância vital se encontra especialmente na faixa das ondas de frequências extremamente baixas, de sigla ELF ou FEB, as quais se situam entre 3 Hz e 30 Hz, porém, também mais amplamente entre 0,5 Hz e 300Hz ou mesmo 500 Hz ou até de 0,01 Hz a 3.000 Hz, o que corresponde à frequência primordial da energia vital. Já que a função de onda, Ψ, traduz a amplitude de probabilidade referente à localização de uma partícula quântica, assim, por extensão, o aumento de amplitude da energia vital é diretamente proporcional a essa grandeza probabilística ou estatística.

A irradiação de soluções homeopáticas com ondas de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente, entre 0,01 Hz e 3.000 Hz, promove uma ressonância entre as partículas da solução e do organismo tratado, mesmo que essas oscilações sejam aplicadas antes, durante ou depois da dinamização convencional. Por outro lado, a irradiação do médico com ondas de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente, entre 0,01 Hz e 3.000 Hz, promove uma ressonância entre as partículas orgânicas do operador clínico e da solução homeopática, aumentando a amplitude da energia vital envolvida no tratamento homeopático, em favor do observável clínico, em virtude do aumento da magnitude referente ao coeficiente escalar do vetor de estado do princípio ativo.

Seja a versão homeopática da equação de Schrödinger… 

H Ψ = E Ψ 

Onde: H = operador clínico ou homeopático da solução; Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto; E = observável clínico do soluto. 

A aplicação de oscilações eletromagnéticas entre 0,01 Hz e 3.000 Hz no operador clínico ou na função de onda homeopática constitui a técnica de Venturelli e Montagnier, que é a dinamização eletromagnética da homeopatia quântica.

O primeiro produto “HΨ” é diretamente proporcional ao segundo produto “EΨ” e essa relação diretamente proporcional significa que o aumento da amplitude do primeiro produto leva ao aumento da magnitude do segundo produto. Quer dizer, a ressonância com aumento da amplitude no primeiro produto e consequente aumento da magnitude no segundo produto sinaliza um aumento da magnitude do observável clínico, o que traduz um efeito medicinal ou curativo melhor e mais exuberante de proteção, promoção e recuperação da saúde.

9) Conclusões:

As propriedades quânticas das soluções homeopáticas permitem que as mesmas sejam expressas pelos princípios gerais da mecânica quântica e pelo seu formalismo matemático, particularmente, na manifestação da função de onda. A energia vital promove o colapso em funções de onda na mecânica quântica e na homeopatia, conforme a equação de Schrödinger e de acordo com o princípio da complementaridade de Niels Bohr.

A energia da consciência e a consciência da energia são as chaves ou o código que decifra a participação do aparato mental na homeopatia e na mecânica quântica, sendo esse estado consciente apenas a ponta do iceberg da energia psíquica e esta apenas a ponta do iceberg da energia vital.

A utilização de ondas eletromagnéticas de baixas frequências, quais sejam, aquelas entre 0,01 Hz e 3.000 Hz, que podem ser chamadas de oscilações infrarradiais, aplicadas em face do operador clínico (médico) ou da função de onda (solução homeopática) caracteriza a dinamização eletromagnética da homeopatia quântica, denominada nesta hipótese de técnica de Venturelli e Montagnier, a qual promove um aumento de amplitude da energia vital envolvida em um tratamento médico homeopático.

10) Resumo:

Do mesmo modo que na mecânica quântica há a dualidade entre partícula e onda, e os estados quânticos podem estar em sobreposição, na homeopatia o princípio ativo pode ser encontrado como soluto particular ou ondulatório na solução.

Nestas hipóteses de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à solução homeopática, que entrelaça o soluto e o solvente no chamado emaranhamento quântico, de tal forma que a solução seja a função de onda do soluto ao passo que o observável do vetor de estado seja o princípio ativo no organismo tratado.

Nestes postulados, o efeito do observador é mais amplamente considerado em um efeito da energia vital, que independe do desejo ou da vontade, e que também não depende só da consciência, sendo exercido de modo automático na presença de algum sinal vital, seja mental ou corporal, resultando no colapso da função de onda e manifestando a ação medicinal do princípio ativo.

Equação de Schrödinger na versão homeopática:

H Ψ = E Ψ

Onde: H = operador de solução homeopática ou operador clínico, Ψ = função de onda de solução ou função de onda homeopática e vetor de estado de soluto, E = observável clínico de soluto.

A aplicação de oscilações eletromagnéticas entre 0,01 Hz e 3.000 Hz no operador clínico ou na função de onda homeopática constitui a técnica de Venturelli e Montagnier, que é a dinamização eletromagnética da homeopatia quântica.

11) Summary:

In the same way that in quantum mechanics there is duality between particle and wave, and quantum states can be in superposition, in homeopathy the active principle can be found as a particular or wave solute in the solution.

In Venturelli’s hypothesis, the wave function equation applies to the homeopathic solution, which intertwines the solute and the solvent in the so called quantum entanglement, in such a way that the solution is the wave function of the solute while the observable of the vector of state is the active ingredient in the treated organism.

In this postulate, the effect of the observer is more widely considered to be an effect of vital energy, which is independent of will or consciousness, being exerted automatically in the presence of some vital sign, whether mental or bodily, resulting in the collapse of the wave function and manifesting the medicinal action of the active ingredient.
Homeopathic Schrödinger Equation:

H Ψ = E Ψ

Where: H = homeopathic solution operator or clinical operator, Ψ = solution wave function or homeopathic wave function and solute state vector, E = solute clinical observable.

The application of electromagnetic oscillations between 0.01 Hz and 3,000 Hz in the clinical operator or in the homeopathic wave function constitutes the Venturelli and Montagnier technique, which is the electromagnetic dynamization of quantum homeopathy.

Dr. Paulo Venturelli