Função de Onda Homeopática

A equação de Schrödinger independente do tempo é aplicável a sistemas minerais e biológicos, sendo importante na homeopatia e na medicina integrativa, definindo a equação de onda da homeopatia ou equação homeopática da função de onda. Na função de onda homeopática, o caráter ondulatório e o caráter corpuscular são considerados estados quânticos complementares e a sobreposição dos mesmos é admissível.

Pela hipótese de Venturelli, a equação de Schrödinger (ou equação da função de onda) ou ainda, equação de onda da homeopatia, então, é manifestação matemática da energia vital na ciência homeopática da medicina natural. De tal modo que a energia vital seja quantizada e deva ser entendida como o eletromagnetismo das ondas de frequências extremamente baixas (ELF – Extremely Low Frequency, em Inglês) do espectro eletromagnético, entre 3 Hz e 30 Hz até 0,01 Hz e 1.000 Hz, o que abrange a Ressonância Schumann, as ondas cerebrais e a atividade elétrica do coração, dentre outras abrangências.

Os léptons subatômicos estão sujeitos à ressonância de rotação pela precessão do giro ou spin dessas subpartículas atômicas, quando submetidas às diversas interações com as ondas eletromagnéticas de baixíssimas frequências (ELF em Inglês ou FEB em Português, de frequências extremamente baixas). A suavidade energética do fenômeno vital se explica pela necessidade dos organismos vivos em funcionarem com um metabolismo de pouca entropia.

Os potenciais de ação das células animais, obtidos pela diferença de potencial elétrico ou voltagem entre sódio e potássio, bem como os potenciais de ação das células vegetais, obtidos da voltagem entre cálcio e potássio, resultam nas frequências em hertz da energia vital, que é ressonante às ondas de mesma frequência ou de frequências harmônicas.

1) Entrelaçamento quântico:

O mecanismo de ação da homeopatia pode ser fundamentado pela mecânica quântica: Neste caso, ocorre um entrelaçamento quântico entre o soluto e o solvente na solução medicamentosa. Uma vez emaranhados na dispersão, o disperso e o dispersante formam um sistema singular, emaranhado e individualizado, com propriedades medicinais ou curativas as quais poderão ser administradas ao paciente a ser tratado.

O mesmo não acontece com rios, lagos, esgotos e etc., porque as dispersões homeopáticas apresentam volumes compatíveis com as dimensões teciduais dos organismos vivos. As ondas do mar não se manifestam em um frasco de solução medicamentosa, pois as grandezas homeopáticas são citológicas e histológicas, mas não geográficas.

Em outras palavras, as dispersões de esgotos, rios, lagos, mares e oceanos são dispersões de dimensões geográficas, enquanto que as soluções homeopáticas são dispersões de dimensões orgânicas.

Assim, pequenas modificações na configuração eletrônica e magnética das substâncias diluídas, induzidas pelo emaranhamento quântico, ou seja, determinadas por padrões de spin eletrônico atribuídos ao estado entrelaçado, podem desencadear amplos e profundos incrementos funcionais aos remédios, em conformidade ao efeito borboleta da teoria do caos.

É de se notar que o fenômeno do entrelaçamento quântico possa ser definido como sendo a sobreposição de estados quânticos envolvendo mais de uma partícula.

2) Definição da função de onda da homeopatia:

Misturas químicas são dispersões e estas podem ser soluções, coloides e suspensões. O dispersante ou dispergente é a substância que está em maior quantidade e promove a dispersão, ao passo que o disperso é a substância espalhada que se encontra em menor quantidade. As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase, enquanto que as misturas heterogêneas possuem mais de uma fase. Nas soluções, o disperso tem dimensões de até um nanômetro; nos coloides, o disperso tem dimensões entre um nanômetro e mil nanômetros ou um micrômetro; nas suspensões, o disperso tem dimensões maiores do que mil nanômetros ou um micrômetro.

Soluções são misturas homogêneas caracterizadas por dispersões monofásicas de um soluto o qual é disperso em um solvente, este que vem a ser o dispersante ou dispergente.

A dualidade entre onda e partícula é a manifestação complementar de um sistema disperso (ondulatório) em relação a um sistema não disperso (corpuscular) estando tudo isso em conformidade ao princípio da complementaridade, do físico dinamarquês Niels Bohr, aplicado à homeopatia.

Ou seja, a onda tem analogia à dispersão, enquanto que a partícula tem analogia ao soluto não disperso, i.é, ao corpúsculo.

A função de onda da homeopatia é a sobreposição de estados do princípio ativo, que está simultaneamente diluído ou disperso e concentrado ou precipitado. Então, no colapso da função de onda, o princípio ativo se define em partícula referida ao organismo tratado.

O sistema de emaranhamento quântico da água se estabelece por uma forma de “memória” estável e inerente às moléculas aquáticas. Essa memória da água se traduz por uma ressonância originária entre 3 Hz e 30 Hz, aproximadamente, com batimentos entre 0,01 Hz e 1.000 Hz, sendo que a Ressonância Schumann, as ondas cerebrais no eletroencefalograma (EEG) e a atividade elétrica do coração no eletrocardiograma (ECG) são algumas das oscilações de frequência eletromagnética nessa faixa.

As agitações das soluções homeopáticas, chamadas de sucussões, as quais são procedidas durante as diluições, definindo as dinamizações, apresentam uma frequência vibratória congênere às oscilações eletromagnéticas dos fenômenos ondulatórios descritos acima.

A Ressonância Schumann se refere aos fenômenos telúricos, assim como a ressonância homeopática se refere aos fenômenos clínicos, por isso as respectivas dimensões determinam as especificidades de cada ambiente, ou seja, as grandezas homeopáticas são orgânicas enquanto que as grandezas telúricas são geográficas.

A rotação (giro ou spin) de elétrons é ressonante a essas ondas eletromagnéticas de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) porque o momento de inércia dessas partículas subatômicas é muito menor do que o momento inercial de prótons e nêutrons, sendo menor ainda na comparação com as moléculas aquáticas ou orgânicas.

3) Colapso da função de onda homeopática:

A onda corresponde à dispersão enquanto que a partícula corresponde ao princípio ativo, sendo que a chamada redução de estado quântico ocorre, automaticamente, através da proximidade de qualquer sinal vital, tanto psíquico quanto orgânico, visto que corpo e mente são manifestações da energia vital a qual vibra nas ditas frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) do espectro eletromagnético, presentes tanto na Ressonância Schumann quanto nas ondas cerebrais e na atividade elétrica do coração.

Embora se admita que a rotação de um lépton em um átomo seja uma propriedade intrínseca associada ao número quântico spin, ainda assim, a hipótese homeopática de Venturelli considera que esse fenômeno de rotação possa receber a influência da energia de ondas cerebrais, não da consciência e do desejo ou da vontade, mas sim de uma faixa de frequência, tal qual no efeito fotoelétrico; daí a observação ter o impacto de promover o colapso da função de onda.

Do mesmo modo, os efeitos chamados por Einstein de “ação fantasmagórica a distância”, podem ser explicados pela interação dessa energia das ondas cerebrais em uma das partículas entrelaçadas e a outra respondendo no sistema emaranhado.

Portanto, ainda que a rotação de quarks e elétrons seja uma propriedade originalmente intrínseca, mesmo assim, está sujeita a interações extrínsecas da energia não só de ondas cerebrais, mas também de qualquer outro sinal ondulatório que possa entrar em ressonância.

4) Energia vital:

A energia vital é uma energia de baixa entropia, que é resultante do fenômeno biológico da ressonância entre os léptons e as ondas eletromagnéticas de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) que ocorrem na Ressonância Schumann e nas ondas cerebrais.

É interessante observar que a atividade elétrica do coração também apresenta correspondência às ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) do espectro eletromagnético, vez que se situa entre 0,01 Hz e 200 Hz, de modo que essa atividade elétrica seja compatível com a ressonância eletromagnética descrita anteriormente, que é própria da energia vital, como a seguir.

As frequências eletromagnéticas associadas à rotação dos léptons são extremamente baixas porque o momento inercial dessas subpartículas é extremamente pequeno. Assim, a energia vital pode ser definida em aquarius, aq, de modo que cada unidade de Hertz corresponda a uma unidade de energia vital.

Seja a equação…

E = h f

… A constante de Planck terá o valor da energia vital na unidade de um aquarius multiplicado pela unidade de tempo em segundo:

h = 1 aq s

Onde: E = Energia vital quantizada; h = constante de Planck = 1 aq s; f = frequência de onda eletromagnética cerebral.

Ou ainda:

ΔE = h f

Onde: ΔE = variação da energia quantizada; h = constante de Planck = 1 aq s; f = frequência de onda eletromagnética quantizada.

4.1) Quantização da energia vital:

A energia vital varia entre 0,01 aq e 1.000 aq, o que se situa na faixa das ondas elétricas, portanto, o menor valor dessa quantização energética é um centésimo da unidade de aferição, a qual se chama aquarius, pela importância da água em todos os processos e fenômenos biológicos.

A rotação molecular da água é ressonante às micro-ondas, a rotação nuclear é ressonante às ondas de rádio, enquanto que a rotação de quarks e elétrons é ressonante às ondas eletromagnéticas de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB). E assim como na rotação das micro-ondas as oscilações moleculares alcançam o infravermelho, de modo semelhante, na presença da água, as rotações ressonantes, em relação às ondas de baixíssimas frequências, também alcançam a faixa da radiação infravermelha.

Embora essa energia biológica seja muito suave, ainda assim, a ressonância dos elétrons presentes nas ligações químicas das moléculas orgânicas, em relação às ondas eletromagnéticas de frequências extremamente baixas, resulta em uma ampliação no valor dessa energia, que é correspondente à faixa do infravermelho no espectro eletromagnético, desde que a água esteja presente.

A energia vital é tênue, é suave, mas a ressonância referente à sua magnitude alcança a frequência dos raios infravermelhos.

4.2) Ressonância vital:

Frequência natural (ou frequência de ressonância) de um corpo ou sistema é a frequência inerente de oscilação do mesmo. Porém, pode haver não apenas uma única frequência natural e sim um conjunto de frequências de ressonância, quer dizer, mais de uma frequência natural de vibração própria. Quando um corpo ou sistema apresenta mais de uma frequência natural, tais vibrações são harmônicas entre si, ou seja, estão em valores que são múltiplos ou submúltiplos da oscilação fundamental. Portanto, quando se aplica a um corpo ou sistema, uma frequência que tenha valor igual ou harmônico a uma de suas frequências naturais, ambos os sistemas entram em amplitude de ressonância.

O sistema espectral biológico, de ressonância, consiste primariamente de frequências que promovem um movimento rotatório nos léptons, mas secundariamente abrangendo translação ou mesmo vibração, tal qual na comparação ao aquecimento da água pelo forno de micro-ondas, em que as ondas são primariamente de micro-ondas na rotação e secundariamente de infravermelho na translação. Ou seja, vez que as ligações químicas são principalmente eventos eletrônicos, isso significa que as moléculas orgânicas podem apresentar, além da rotação ressonante às micro-ondas, outros fenômenos oscilatórios ressonantes a outras frequências, cuja resultante energética leve suas oscilações elétricas até a faixa do infravermelho.

4.3) Amplitudes de ressonância:

Em sistemas mecânicos clássicos e gravitacionais, o aumento da amplitude não modifica a frequência. No entanto, nas partículas e subpartículas atômicas, bem como nas partículas moleculares, as cargas elétricas são decisivas na definição de suas propriedades, com isso, um aumento nas amplitudes se traduz em flutuações eletromagnéticas associadas à energia cinética desses corpúsculos, de modo que, nessas circunstâncias, amplitudes e frequências sejam proporcionais à energia aplicada e / ou dissipada.

O aumento da amplitude de oscilações, pela ressonância, não apresenta inicialmente efeitos significativos em termos espectroscópicos, mas esses efeitos são importantes na esfera biológica, que é mais sensível, porque a energia que se transfere a partir da magnitude dessas vibrações, das partículas leptônicas ressonantes, é retransmitida ao metabolismo em frequências típicas, aí sim, da espectroscopia molecular.

5) Versão homeopática da equação de Schrödinger:

H Ψ = E Ψ

Onde:

H = operador homeopático da solução.

Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto.

E = observável clínico do soluto.

5.1) Operador clínico ou homeopático:

O médico enquanto operador linear interfere na função de onda da solução, ao projetar o resultado clínico observável do soluto (no paciente) em conformidade da técnica homeopática, médica e farmacêutica, bem como da ética dos profissionais envolvidos no tratamento, desde a prescrição até a dispensação, passando pela farmacotécnica.

O operador da solução se projeta ou se iguala, ou ainda, equivale ao resultado clínico observável do soluto. Então, o soluto é uma autofunção da solução e a observação clínica é um autovalor do operador clínico (médico e paciente). Ou em outras palavras, de um lado o operador clínico da solução e do outro lado o resultado clínico observável do soluto (no organismo tratado).

A observação clínica é um autovalor do operador clínico.

A função de onda da dispersão e o vetor de estado do disperso são autovetores.

Ou seja, o operador e o observável são clínicos, enquanto que a função do princípio ativo é um vetor de estado ondulatório da solução e corpuscular do soluto.

Quer dizer, o operador clínico se aplica à solução homeopática e promove o colapso da função de onda, resultando no observável clínico do princípio ativo no organismo, do indivíduo em tratamento, qual seja, o paciente.

Em suma, o operador clínico aplicado à solução obtém o resultado clínico observável do soluto.

5.2) Função de onda da solução e vetor de estado do soluto:

A participação do soluto no organismo, após o colapso da função de onda, é primordialmente vetorial, linear, ou seja, um estado quântico de spin eletrônico que modifica, ou amplia, as propriedades biológicas, mais especificamente orgânicas ou mentais, a partir de um princípio similar àquele do efeito borboleta, com a diferença de ser linear.

O colapso da função de onda, ou a transformação linear, vai ocorrer em ato reflexo, independente da consciência, mas o sentido do colapso da função de onda, ou da transformação linear, será tanto menos específico e mais aleatório, quanto mais for visceral; e será tanto mais específico e menos aleatório, quanto mais for consciente ou técnico.

A mecânica quântica é probabilística, mas a probabilidade de um tratamento homeopático funcionar é maior se o profissional for médico, ou seja, se o prescritor for habilitado ao exercício da medicina, e ainda melhor com o título de especialista, vez que suas prescrições serão mais bem elaboradas ao estarem em plena conformidade da matéria médica e/ou do repertório homeopático.

5.3) Observável clínico:

Embora o colapso da função de onda seja um ato reflexo originado de um arco visceral ou neuronal, ou de ambos, ainda assim, quanto melhor o conhecimento do médico sobre a matéria médica e o repertório homeopático, maior a chance de um resultado clínico ser favorável. O saber técnico, qual seja, a formação e a informação do médico acerca da medicina e da especialidade homeopática contribuem para a resposta clínica adequada, sendo ainda indispensável o alicerce ético.

É presumível que o conhecimento técnico da mecânica quântica, em especial, da equação da função de onda, de Erwin Schrödinger, aliada ao princípio da complementaridade, de Niels Bohr, possa ser um fator de utilidade ao exercício da profissão de médico homeopata.

O colapso da função de onda independe da consciência no sentido em que vai haver esse colapso na presença de qualquer sinal vital, consciente ou não, porém, a qualidade terapêutica desse fenômeno pode estar na dependência de um conhecimento técnico específico, e até um caráter ético esculpido ou lapidado pela família, pela sociedade e pela escola, mas também pelo esforço do próprio profissional. Isso é coerente porque essa redução de estado é em si, um novo estado, ambos de natureza vetorial.

A natureza vetorial dos estados quânticos indica um sentido específico do colapso da função de onda, ou seja, um sentido específico na ação do soluto reduzido da solução, pode-se dizer, um giro específico, uma rotação determinada, ou ainda, a definição de um circuito próprio ou característico. Daí a importância de um conhecimento específico e de uma ética determinada, justamente na obtenção da ação em um sentido clinicamente favorável.

É importante ressaltar, todavia, que o único aspecto consciente no colapso da função de onda homeopática é a escolha correta dos medicamentos em face da precisão diagnóstica, pois todo o restante do procedimento médico ocorre de modo automático.

5.4) Considerações lineares:

A matéria médica homeopática e o repertório homeopático frente aos indivíduos que não sejam médicos, ou mesmo face aos médicos de outras especialidades, são abstrações imaginárias sem significado real ou palpável, sobretudo nos dias atuais em que os detratores da homeopatia ganham espaço nos diversos meios de comunicação e nos órgãos governamentais de todos os países. No entanto, quando estudados, compreendidos e fixados na mente dos homeopatas, esses conhecimentos fazem com que os médicos sejam operadores terapêuticos.

5.4.1) Equação da função de onda na fase preliminar ou de estudo:

Av = λv

Onde:

A = matriz mental do estudante de medicina ou do médico pós-graduando em homeopatia.

v = função de onda do estudo homeopático abstrato ou imaginário e vetor de estado real da aprendizagem teórica e prática adquirida.

λ = amplitude ou magnitude, extensão e especificidade da aprendizagem prática, ou seja, a medida do conhecimento médico homeopático.

5.4.2) Proporcionalidade dos fatores das equações:

“H” é diretamente proporcional a “A” no sentido em que se “A” é uma matriz de ordem 2, então “H” também é uma matriz de ordem 2, mas se “A” é uma matriz de ordem 3, então “H” também é uma matriz de ordem 3. Ou seja, quanto maior for a ordem da matriz “A” mais abrangente será o operador “H”.

O valor de “E” é diretamente proporcional ao valor de “λ”, quer dizer, quanto maior for a amplitude e a especificidade do conhecimento médico, relativo ao estado de aprendizagem teórica e prática, maior e melhor será o resultado clínico do tratamento homeopático.

O autovetor “v” tem analogia e vínculo ao vetor de estado da função de onda “Ψ” (psi).

5.4.3) Matriz mental ou psicológica da álgebra linear: O cânone psíquico ou a psique canônica…

Seja um espaço vetorial em que o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o id de Freud ou o inconsciente, enquanto que o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o superego de Freud ou o consciente, enquanto que o vetor “v” da combinação linear entre X e Y seja o ego de Freud ou o self de Jung: o vetor “v” ao ser um autovetor tem a mesma direção e varia apenas em magnitude e sentido, sendo o vetor do pensamento de foco definido. O eixo “Z” é um vetor de outra direção referente às manifestações artísticas ou esportivas, ou ainda, de outras áreas do conhecimento, em geral presentes em todas as pessoas; isso significa que quando se leva em conta um autovetor específico, a terceira dimensão é automática. O vetor inespecífico, ao ser um estado aleatório, é ortogonal ao estado inconsciente e ao estado consciente.

OBSERVAÇÃO: Os termos “id”, “superego” e “ego” propostos por Freud, assim como o termo “self” proposto por Jung, são utilizados de modo adaptativo e reinterpretativo nesta hipótese.

Uma dimensão é o inconsciente, outra dimensão é o consciente, a terceira dimensão é um vetor inespecífico de foco aleatório e a combinação linear dessas três dimensões é o vetor específico do foco determinado. O estado inconsciente é nebuloso e ondulatório, o estado consciente é concreto e corpuscular, fotônico, enquanto que a autofunção psíquica do pensamento focado é uma sobreposição de estados quânticos da dualidade complementar, assim sendo, um fenômeno e sua observação são inseparáveis e automáticos, quer dizer, reflexos e involuntários.

A natureza do eletromagnetismo tem um caráter ondulatório e um caráter corpuscular, a porção inconsciente do aparato psíquico é ondulatória e interage com o comportamento ondulatório da natureza eletromagnética, por outro lado, a porção consciente desse aparato é particular e interage com o comportamento corpuscular do eletromagnetismo, chamado de fóton, enquanto que o autovetor ou autofunção psíquica, ou seja, o self de Jung ou o ego de Freud, interage com a dualidade entre partícula e onda, que é típica do princípio da complementaridade de Bohr.

Caso o indivíduo não tenha formação homeopática, seu autovetor da psique não é homeopático, então, o espaço vetorial do aparto mental dessa pessoa é bidimensional em relação à homeopatia, embora possa ser tridimensional ou quadridimensional nas artes, nos esportes, na política, na religião ou em outras ciências e profissões. O autovetor só muda de direção com a mudança de base do espaço vetorial, algo sugestivo de que o princípio da incerteza de Heisenberg seja tão físico e tão orgânico ou psicológico quanto os fundamentos da técnica homeopática.

Ao estudar a matéria médica homeopática (MMH) e o repertório homeopático, clínico ou de sintomas, bem como o mecanismo de ação da homeopatia, o vetor da psique homeopática se torna crescente, mas conforme haja o declínio desses estudos, com o esquecimento dessas matérias ou disciplinas, o vetor da psique homeopática se torna decrescente, daí a importância das atualizações e da educação médica continuada.

A matriz mental é a matriz da transformação linear, chamada de matriz canônica, referente ao vetor da psique homeopática, que é um autovetor, o qual se refere ao operador linear, este que tem a estrutura de uma matriz de ordem 2 em uma pessoa sem formação homeopática, de ordem 3 em um homeopata e de ordem 4 quando envolve o inconsciente coletivo de outros arquétipos propostos por Jung. Na verdade, vez que são diversos esses outros arquétipos e diversos os vetores ou eixos de focos aleatórios, as dimensões também se aproximam do infinito, caracterizando um espaço vetorial complexo chamado de espaço de Hilbert. As transformações lineares do vetor da psique estão acopladas às dimensões matriciais do operador linear.

Os resultados ligados ao observável clínico dependem da ação física das ondas cerebrais e cardíacas, dentre outras, mas são tanto melhores quanto maior for a especificidade de tais ondas. É interessante entender, então, que a estrutura do aparelho psíquico tem uma participação na instrução homeopática do médico, e não no mecanismo de ação dos remédios homeopáticos, mas apenas na escolha dos mesmos.

5.4.4) Autofunção da psicologia canônica:

Todas as pessoas têm, cada uma delas, a sua própria autofunção psíquica da matriz mental, e embora este seja um termo matemático, ainda assim, desde que possa soar como pleonasmo, ao se falar em “a própria autofunção”, deste modo, deva ser preferível dizer que cada pessoa tenha uma autofunção diferente daquela de outra pessoa, porém, apresentando algumas ou muitas semelhanças quando essas autofunções estiverem inseridas em indivíduos de uma mesma categoria de atividades estudantis, profissionais ou culturais, filosóficas e religiosas.

A autofunção psíquica tem paralelo ou analogia à função de onda da mecânica quântica. Todavia, no mecanismo homeopático do colapso da função de onda a única manifestação consciente é a escolha dos remédios, todas as demais são reflexas. Em relação à matriz mental ou psicológica, aquele inconsciente coletivo proposto por Jung, por ser muito mais profundo do que o inconsciente pessoal, pode ser considerado ortogonal a este.

Em termos práticos, a autofunção psíquica de natureza autovetorial pode ser considerada a combinação linear entre o inconsciente e o consciente.

5.5) Aplicações clínicas:

Sejam as equações da função de onda homeopática:

H.Ψ = E.Ψ

Onde: H = operador homeopático da solução; Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto; E = observável clínico do soluto.

A.v = λ.v

Onde: A = matriz mental do estudante de homeopatia; v = função de onda do estudo complexo e vetor de estado real da aprendizagem; λ = amplitude do conhecimento médico homeopático.

Logo:

O estudo e a aprendizagem da matéria médica homeopática, do repertório homeopático e do mecanismo de ação da homeopatia são fundamentais para que o médico homeopata possa tratar adequadamente seus pacientes, o que parece ser uma lógica redundante, e é; nada tendo de mágica ou de misticismo e tampouco de paranormalidade ou metafísica.

As aplicações clínicas são objetivas, pois dependem da formação teórica, prática e ética dos profissionais, e jamais da intencionalidade subjetiva da prescrição ou da vontade aplicada a um tratamento específico, isso tal qual ocorre nas demais especialidades médicas. Ou em outras palavras, o resultado do tratamento homeopático é apenas e tão somente um efeito medicamentoso normal e nunca paranormal ou de placebo.

É importante ressaltar que no mecanismo homeopático do colapso da função de onda a única manifestação consciente é o ato da prescrição dos remédios e todos os demais são atos reflexos.

6) Dinamizações:

A mente humana acessa suas memórias através de uma atividade neuronal, a qual pode ser registrada pelo eletroencefalograma, o qual evidencia ondas eletromagnéticas na faixa de frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) ente 3 Hz e 30 Hz, as quais estão aproximadamente na mesma frequência da Ressonância Schumann. Porém, essa banda de ciclos em hertz (Hz) não é exclusiva da mente ou do cérebro, sendo um atributo da energia vital que independe da consciência, vez que esse fenômeno energético envolve a atividade autônoma das células de diversos órgãos e tecidos além do sistema nervoso.

Assim como as frequências de onda da atividade cerebral estão envolvidas no acesso à memória individual, de modo semelhante, as mesmas frequências ondulatórias restauram o registro de uma memória aquática anterior, a cada dinamização específica.

6.1) Memória da água em registro magnético:

A memória da água é o registro magnético da energia de um estado quântico específico, de cada um de seus elétrons, em conexão ressonante a um determinado princípio ativo, o qual está em sobreposição de solução e soluto, ou seja, está diluído e concentrado simultaneamente.

O que caracteriza o estado quântico da memória aquática, em relação a cada um de seus léptons, perante aos quarks e elétrons do princípio ativo, é a posição representada pelo número quântico principal, o momento angular orbital representado pelo número quântico secundário, o vetor do momento angular orbital representado pelo número quântico magnético e o momento angular de giro ou rotação e seu vetor representado pelo número quântico magnético do spin.

Nota-se, assim, que o momento angular é especialmente importante na definição da memória aquática, daí ser um registro necessariamente magnético. Quer dizer, a memória da água em face de um princípio ativo se define pela posição e pelo momento angular de seus elétrons, o que fornece informações sobre a energia potencial e cinética, de cada um de seus léptons, os quais registram o estado quântico complementar, referente à ressonância correspondente aos elétrons do referido princípio ativo, sendo que a memória é mantida porque essa ressonância às ondas eletromagnéticas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) é a mesma em relação ao soluto e ao solvente, pois se refere à solução.

6.2) Números quânticos:

Na verdade, são cinco, e não quatro, os números quânticos, a saber, número quântico principal, número quântico azimutal, número quântico magnético, número quântico de spin e número quântico magnético de spin. Os números quânticos estão relacionados à ideia de função de onda ou orbital do lépton atômico, quer dizer, a região no espaço onde seja maior a probabilidade do elétron ser encontrado.

6.2.1) Número quântico principal: É a posição do elétron.

É admitido que o número quântico principal, n, ao identificar a posição do elétron seja o tamanho do orbital. Trata dos níveis quânticos.

6.2.2) Número quântico secundário ou azimutal: É o momento angular do elétron.

O número quântico secundário, l, indica o momento angular orbital do elétron, por isso, define também o formato do orbital. Trata dos subníveis quânticos.

6.2.3) Número quântico magnético: É o vetor do momento angular do elétron. 

Este número quântico, ml, chamado de magnético, indica a orientação espacial do orbital do elétron no átomo. Mais especificamente, é o vetor do momento angular orbital do elétron.

6.2.4) Número quântico spin: É a rotação do elétron. 

O número quântico de spin, s, define a rotação e, de certo modo, também, a oscilação do elétron, tendo sido proposto pelo físico austríaco Wolfgang Pauli, em 1925. De modo mais específico, é o momento angular de giro ou rotação do elétron.

É considerado uma propriedade intrínseca do lépton, mas vejamos o que suscita o estudo da espectroscopia pelo espectro eletromagnético em ordem crescente dos comprimentos de onda (decrescente em frequência):

a) Radiação ultravioleta e visível: Transição de estado quântico molecular ou transição eletrônica das moléculas.

b) Radiação infravermelha: Vibração (e translação) das moléculas.

c) Radiação de micro-ondas: Rotação molecular.

d) Radiação das ondas de rádio: Rotação nuclear atômica, que é uma rotação bariônica ou nucleônica, visto que o núcleo de hidrogênio tem apenas um próton e gira na ressonância magnética nuclear. 

e) Radiação de ondas ELF ou FEB: Rotação leptônica ou spin de elétrons e quarks, ou seja, a radiação de ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) promove o giro dos léptons.

6.2.5) Número quântico magnético de spin: É o magnetismo da rotação do elétron.

Este número quântico, ms, chamado de magnético do spin, indica a orientação espacial da rotação corpuscular no orbital do lépton atômico. Mais especificamente, é o vetor do momento angular de giro ou rotação do elétron ou do quark.

Na prática, frequentemente se utiliza a unificação do número quântico de spin, s, ao seu número magnético, ms.

6.3) A natureza do colapso da função de onda:

O colapso da função de onda ocorre na interferência pela frequência das ondas cerebrais e da atividade elétrica do coração, de natureza física e não psicológica, ou pelo menos não consciente, à semelhança do efeito fotoelétrico.

É a exposição do corpo ou sistema a uma fonte radiante de certa frequência que promove o colapso na função de onda, neste caso, homeopática. E esta frequência se situa na faixa entre 0,01 Hz e 1.000 Hz do espectro eletromagnético, sendo um fenômeno orgânico e não estritamente psicológico.

A solução homeopática é um sistema ondulatório formado pela ressonância do soluto e do solvente às ondas eletromagnéticas da Ressonância Schumann, mas quando surge a interferência de um terceiro sistema formado pelas ondas cerebrais e pela atividade elétrica do coração, esse novo sistema tem natureza orgânica e não geográfica, portanto, a dispersão passa a ser referida às oscilações orgânicas das dimensões teciduais, muito mais restritas do que as dimensões telúricas, o que promove o colapso da função de onda, justamente pela redução de estado.

7) Reduções de entropia:

A cromodinâmica quântica explica o mecanismo pelo qual a água diminui a entropia de sistemas biológicos.

A hipótese antiquântica ou quarkquântica é especialmente inspirada no livro O Que é Vida? de Erwin Schrödinger e na interpretação de Copenhague, particularmente no princípio da complementaridade de Niels Bohr e no princípio exclusivo de Wolfgang Pauli, tendo sido relevante também, a ideia de divisibilidade nuclear dos átomos suscitada por Lise Meitner e Otto Frisch, bem como anteriormente a estatística de Ludwig Boltzmann sobre a entropia. No mais, vale ressaltar que se trata de um postulado da especialidade elaborada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796, e que foi trazida ao Brasil em 21 de novembro de 1840, com a chega no Rio de Janeiro do médico francês Benoit Jules Mure.

7.1) Ressonância quarkquântica ou antiquântica:

A energia antiquântica foi inferida por este médico, na forma de níveis antiquânticos, no livro Teoria Bioquântica Astroatômica, elaborado na Cidade do Rio de Janeiro, em Petrópolis (RJ) e no Hospital Naval de Ladário (MS) e registrado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (RJ) em 1994, sendo publicado pela editora Sul das Gerais, na Cidade de Pouso Alegre (MG) em 1995. Todavia, em 1933, Wolfgang Pauli já havia postulado uma teoria antimaterial da energia, ao demonstrar que um operador autoadjunto, ao observável tempo, implicaria em valores positivos e negativos da energia quântica.

Quarks e elétrons podem estar sujeitos à ressonância de rotação entre si, pela precessão do giro ou spin dessas subpartículas atômicas, quando submetidas às condições biológicas específicas da bioquímica e da biofísica.

Os léptons subatômicos apresentam a mesma frequência natural de oscilação, mas a energia dos elétrons é quântica enquanto que a energia dos quarks é antiquântica. As oscilações quânticas aumentam a entropia, mas as oscilações antiquânticas a reduzem.

A energia antiquântica é uma propriedade da liberdade assintótica ordenada pela força forte. Quando quarks e elétrons entram em ressonância, a entropia diminui porque os quarks são mais numerosos em um mesmo átomo.

Em outras palavras, a resultante da ressonância quarkquântica diminui, e não aumenta, a amplitude das oscilações ressonantes.

A força forte exercida pelos glúons reduz a entropia das partículas elétricas em ressonância, pela diminuição da amplitude oscilatória dos quarks, em liberdade assintótica, particularmente entre quarks de mesma carga elétrica, sendo mais notadamente entre dois quarks up.

Vez que as moléculas de água leve possuem um excedente de quarks up, tais moléculas são importantes na redução da entropia biológica, pela limitação das oscilações dos quarks up, podendo se dizer, então, que estes são mais redutores da entropia do que os quarks down, mas na verdade, a diminuição da entropia é devida à força forte.

Além da água, os átomos de hidrogênio nas moléculas orgânicas também são importantes na redução da entropia biológica, devido à sobra de quarks up, assim, o estudo das reações químicas e do metabolismo se torna fundamental ao conhecimento da termodinâmica dos seres vivos.

A energia quântica promove entropia positiva e a energia antiquântica promove entropia negativa.

Entropia negativa é uma decorrência da atividade da força forte exercida pelos glúons dos bárions nucleares, caracterizando a liberdade assintótica dos quarks.

A interação entre dois quarks up, mas também entre dois quarks down e até entre um quark up e um quark down, é regida pela força forte e se comporta como liberdade assintótica, uma disposição antiquântica da energia nuclear dos átomos, que reduz a entropia de sistemas celulares e da vizinhança imediata desses sistemas biológicos microscópicos.

7.2) Quarks up reduzem mais a entropia:

A força forte é a interação entre partículas de mesma carga elétrica, ou de cargas elétricas de mesmo sinal, sendo que os quarks up têm cargas iguais nos prótons, por isso esses quarks ligados entre si, por glúons, são responsáveis por maior redução da entropia, pois embora os quarks down também tenham cargas iguais nos nêutrons, essas cargas dos quarks down possuem menor intensidade em termos modulares.

Ao interagir especialmente entre cargas elétricas iguais, a força forte é tanto maior quanto maiores forem as cargas elétricas iguais entre si.

Ou seja:

Qualquer quark up tem carga elétrica igual a + 2/3 enquanto que qualquer quark down tem carga elétrica igual a – 1/3 (menor em módulo do que a carga do quark up).

Carga do quark up = + 2/3.

Carga do quark down = – 1/3.

Por possuírem cargas maiores, dois quarks up unidos têm maior força forte e menor liberdade do que dois quarks down unidos, assim, os quarks up diminuem mais a entropia biológica em relação aos quarks down.

Em outras palavras:

Os quarks up são os principais redutores da entropia nos sistemas biológicos.

Isso explica a importância do hidrogênio nas reações biológicas, visto que os átomos do elemento hidrogênio possuem o maior número proporcional de quarks up, estando em excesso na maior parte de seus isótopos.

7.3) Força forte e entropia fraca:

Em sendo discreta a magnitude das oscilações dos quarks, a desordem dessas partículas é limitada e a ordem prevalece (utilizando a terminologia de Schrödinger sobre ordem e desordem na definição de entropia). Ou em outras palavras, a restrição da amplitude oscilatória dos quarks restringe também as configurações da estatística térmica ou espacial e temporal de seus microestados.

Portanto, a força forte com sua liberdade assintótica é um fator determinante na redução da entropia de sistemas biológicos.

7.3.1) Equação da entropia estatística:

S = k . ln ω

Onde: S = entropia; k = constante de Boltzmann; ln = log natural = log na base 2,718 (número de Euler);  ω = número de microestados.

7.3.2) Interpretação da fórmula de Boltzmann da entropia pela hipótese de Venturelli:

A liberdade assintótica da força forte diminui o número de microestados na fórmula de Boltzmann porque restringe as oscilações dos quarks em termos quantitativos, mas não qualitativos, ou seja, os quarks têm oscilação em rotação, vibração, translação e transição, mas quantitativamente restritas.

Os estados quânticos dos quarks são menos quantitativos em relação aos estados quânticos dos elétrons, porque estes são consideravelmente mais livres do que aqueles. E isso também se aplica aos estados quânticos dos bárions nucleares, além disso, o spin de um próton é relativamente independente dos spins de seus quarks.

7.4) Níveis antiquânticos:

Os quarks reunidos no centro de um bárion nuclear, relativamente próximos entre si, possuem mais energia cinética do que quando se afastam para a periferia desse bárion, isso devido ao fenômeno da liberdade assintótica, deste modo, os níveis quânticos dos quarks são inversos. Quanto mais próximos entre si e do centro de um bárion nuclear, mais energia possuem os quarks.

A energia potencial evolui de modo concordante, porque quando afastados do centro os quarks transferem energia potencial aos glúons, mas quando estão centralizados acumulam mais essa energia em si mesmos.

Ao se aproximarem do centro do bárion os quarks ganham energia cinética e quando ganham energia cinética se aproximam do centro desse bárion nuclear. Ao se afastarem do centro do bárion nuclear os quarks perdem energia cinética e quando perdem energia cinética se afastam do centro desse bárion, essa é a liberdade assintótica, que caracteriza a inversão dos níveis quânticos em relação à eletrosfera.

Em relação aos números quânticos, os números antiquânticos têm sinais opostos, inclusive os valores modulares podem ser representados por sinais contrários também, quer dizer, uma excentricidade matemática admissível pela natureza da energia antiquântica, ou seja, de uma natureza antimaterial da energia, que é representada por uma matemática heterodoxa.

8) A interpretação (psicológica) de Copenhague:

Em seu livro Física Atômica e Conhecimento Humano, Niels Bohr descreve alguns princípios da psicologia quântica, no capítulo sobre “Filosofia Natural e Culturas Humanas”:

“… Frisaremos, de início, a típica relação de complementaridade que existe entre os modos de comportamento dos seres humanos caracterizados pelas palavras ‘instinto’ e ‘razão’…”

Pelo princípio da complementaridade, os comportamentos ondulatório e corpuscular são mutuamente excludentes, no entanto, quando tratados como estados quânticos a sobreposição dos mesmos é aventável…

Assim, na mesma palestra sobre filosofia natural, diz Bohr:

“… Naturalmente, não há possibilidade, nesse campo, de nenhuma relação absolutamente excludente, como as que se constatam entre experimentos complementares sobre o comportamento de dois objetos atômicos bem definidos…”

8.1) Descrição quântica complementar:

A eletrosfera quântica e a quarksfera nuclear antiquântica atendem ao princípio da complementaridade.

Em 1957, na Sociedade Médica de Copenhague, na Dinamarca, Niels Bohr sugeriu a descrição quântica complementar em sua palestra “A Ciência Física e o Problema da Vida”, que transcrevo em seguida, a partir de seu livro Física Atômica e Conhecimento Humano na Tradução de Vera Ribeiro, da Editora Contraponto, do Rio de Janeiro, em 1995:

No início de sua palestra, Bohr enfatiza a importância dos estudos mecânicos de Galileu sobre inércia e força, convertidos na mecânica de Newton. Em seguida, cita os estudos anatômicos de Vesalius e Harvey que comparam o funcionamento dos organismos vivos às máquinas, sendo que após outras referências volta ao seu tema central do princípio da complementaridade…

“O caráter complementar da descrição quântica se expressa claramente quando se explicam a composição e as reações dos sistemas atômicos. As regularidades referentes aos estados energéticos dos átomos e moléculas, responsáveis pelos espectros característicos dos elementos e pelas valências das combinações químicas, só aparecem em circunstâncias em que se exclui o controle das posições dos elétrons dentro do átomo e da molécula. Nesse contexto, é interessante notar que a aplicação fecunda de fórmulas estruturais na Química se baseia exclusivamente no fato de que os núcleos atômicos são muito mais pesados que os elétrons. Entretanto, no que diz respeito à estabilidade e às transmutações dos próprios núcleos atômicos, as características quânticas se tornam decisivas. Somente numa descrição complementar, que transcenda o âmbito conceitual da natureza, é possível encontrar lugar para as regularidades fundamentais que respondam pelas propriedades das substâncias que compõem nossos instrumentos e nossos corpos”.

8.2) Mente e cérebro:

A obra O enigma Quântico de Bruce Rosenblum e Fred Kuttnner questiona “se existe uma ‘mente’ que seja diferente do cérebro físico”, e “como ela se comunica com o cérebro?” afirmando que “Esse mistério faz lembrar a conexão de dois objetos quanticamente emaranhados entre si – por meio daquilo que Einstein chamou de ‘ações fantasmagóricas’ e Bohr de ‘influências’.”

9) A interpretação do Brasil:

Foi quando lecionava na Universidade de São Paulo (USP) no Brasil, no início dos anos 50 do século 20, que David Bohm elaborou sua teoria das variáveis ocultas da física quântica.

No Brasil, desde 1980, a homeopatia tem reconhecimento oficial do Conselho Federal de Medicina (CFM) sendo considerada uma especialidade médica, tanto quanto a neurologia ou a neurocirurgia e a cardiologia ou a cirurgia cardiovascular.

Assim sendo, esta hipótese homeopática, vinculada à mecânica quântica, pode ser chamada de “interpretação do Brasil” em oposição complementar à “interpretação de Copenhague”.

Levando em conta que o estudo da matéria médica e do repertório homeopático permite aos médicos homeopatas que estes possam de algum modo prever os resultados clínicos, de acordo com a equação da função de onda homeopática, isso vem a concordar em algum determinismo na mecânica quântica, o que só se pode supor pela atuação de certas variáveis ocultas. De qualquer modo, em que pese haver a suposição de variáveis ocultas na teoria quântica, isso não significa que tais variáveis estejam vinculadas diretamente à consciência ou à vontade, vez que o automatismo exclui, em grande parte, a intencionalidade e a racionalidade, visto que não se controlam os batimentos cardíacos, os arcos e o atos reflexos e sequer as necessidades fisiológicas.

Há uma excludente mútua, lembrando das ideias de Bohr, de modo que onde e quando atua o estado consciente o seu ortogonal inconsciente não atua, quer dizer, a participação do corpúsculo exclui a participação da onda e vice-versa. No caso da homeopatia, a consciência é empregada na seleção dos remédios enquanto a inconsciência irradia as ondas que alcançam a solução entrelaçada promovendo o colapso da função de onda.

A interpretação do Brasil tem uma dose extra de dualidade, porque admite a coexistência do determinismo da mecânica bohmiana com o indeterminismo da interpretação estatística da escola de Copenhague, tipicamente probabilística. Esta abordagem permite que se trabalhe com o terreno das probabilidades, mas que se esteja atento à possibilidade de que a estatística seja apenas uma limitação da capacidade humana de fazer previsões, tal qual na teoria do caos, em que o efeito borboleta é determinista, mas tão complexo que impede previsões, detalhadas, além daquelas possíveis pela estatística típica das probabilidades matemáticas convencionais.

A ressonância entre as partículas elétricas, presentes nas ligações químicas das moléculas aquáticas e orgânicas, em relação às ondas ELF ou FEB, não sugere uma primordialidade vital, vez que esses fenômenos ondulatórios são típicos da Ressonância Schumann, e esta é uma atividade eletromagnética do planeta Terra, entre a ionosfera e a crosta, que se caracteriza como ressonância telúrica e não necessariamente biológica, e embora esteja em conexão com a energia vital, não parece ser a melhor candidata ao título de onda piloto.

O fenômeno ondulatório primordial que conduziria às oscilações ressonantes, por afinidade e primazia da vida, seria assim, pelo que foi descrito, um princípio vital. Ou seja, a afinidade da vida pela vida seria o fator desencadeante das ressonâncias vitais, individuais e coletivas. Com isso, a conjectura das variáveis ocultas na mecânica quântica, da hipótese homeopática, estaria se aproximando à admissão de que a onda piloto fosse deflagrada de uma essência que precederia a energia vital, quer dizer, a aceitação hipotética de um elã ou princípio vital. Não que se deva admitir uma vontade suprema ou mística que seria própria da substância imaterial da vida, não isso, mas sim, a simples admissão de que a vida tem tropismo pela vida.

A vida tem atração pela vida, os seres vivos se atraem e se reproduzem mais do que se matam. Nós, seres humanos, que possuímos um aparato mental mais sofisticado, somos ainda mais proliferativos de nós mesmos, seja pela reprodução sexuada ou pelo desenvolvimento de mecanismos de conservação da vida humana, embora tenhamos cometidos erros terríveis e ainda os cometamos, mesmo assim, somos mais proliferativos do que destrutivos. No entanto, os remédios homeopáticos atuam independente do desejo ou da vontade porque a ação dos mesmos envolve a emissão de ondas cardíacas e cerebrais do inconsciente, no colapso da função de onda, vez que a autofunção psíquica é a via de inconsciência do consciente e a via de consciência do inconsciente.

O princípio ou fundamento da vida, sua natureza, sua qualidade existencial, enfim, sua razão e seu ser, seu significado é afeto à própria vida. Esse é o determinismo do ego ou do self, a determinação da vida pela vida, em favor da vida mais do que da morte, ou seja, é o autotropismo da vida, apesar da entropia. Deste modo, o princípio vital, ou seja, a natureza da vida expressa pela autofunção psíquica, é a deflagradora das ondas piloto.

Quando se fala em funções de onda piloto que sejam determinísticas e primordiais aos fenômenos ondulatórios secundários e probabilísticos, tudo parece ser muito intangível, mas quando se adota um referencial matricial da psicologia canônica, neste caso, cada função piloto seria o ego proposto por Freud ou o self proposto por Jung, que podem ser entendidos como a autofunção psíquica, de caráter matemático autovetorial e natureza essencialmente vital.

10) Resumo:

Na hipótese de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à homeopatia, de tal forma que no emaranhamento a solução seja o estado quântico ondulatório e o princípio ativo seja o estado quântico corpuscular. As frequências eletromagnéticas do entrelaçamento quântico homeopático são aquelas das ondas cerebrais e da atividade elétrica do coração, as quais se referem à energia vital.

Neste postulado, o efeito do observador é mais amplamente considerado em um efeito da energia vital, que independe da vontade ou da consciência, sendo exercido de modo automático na presença de algum sinal vital, seja mental ou corporal, resultando no colapso da função de onda e manifestando a ação medicinal do princípio ativo.

11) Summary:

In Venturelli’s hypothesis, the wave function equation applies to homeopathy, in such a way that in entanglement the solution is the wave quantum state and the active principle is the corpuscular quantum state. The electromagnetic frequencies of homeopathic quantum entanglement are those of brain waves and the electrical activity of the heart, which refer to vital energy.

In this postulate, the observer’s effect is more widely considered in an effect of vital energy, which is independent of will or consciousness, being exerted automatically in the presence of some vital sign, whether mental or bodily, resulting in the collapse of the wave function and manifesting the medicinal action of the active principle.

Dr. Paulo Venturelli