Fantasma

Fantasma Científico

A Homeopatia e as Ações Fantasmagóricas à Distância: Em uma referência à citação de Albert Einstein sobre o fenômeno das influências previsto por Niels Bohr e pela interpretação de Copenhague.

A obra O enigma Quântico de Bruce Rosenblum e Fred Kuttnner questiona “se existe uma ‘mente’ que seja diferente do cérebro físico”, e “como ela se comunica com o cérebro?” afirmando que “Esse mistério faz lembrar a conexão de dois objetos quanticamente emaranhados entre si – por meio daquilo que Einstein chamou de ‘ações fantasmagóricas’ e Bohr de ‘influências’.”

As ideias apresentadas a seguir constituem as hipóteses de Venturelli da homeopatia quântica.

Homeopatia é uma especialidade médica vitalista, sendo vitalismo a doutrina que transcende aos conceitos atuais das ciências físicas, químicas e biológicas, ao admitir uma força ou energia vital, ou ainda, uma essência vital ou princípio vital, na organização estrutural e funcional dos seres vivos. O vitalismo homeopático abrange a matéria corporal, a alma racional e o princípio vital, este que é a combinação do corpo e da mente ou alma racional.

O princípio vital é imaterial ou “fantasmagórico”.

As fórmulas da mecânica quântica homeopática, ou fórmulas da homeopatia quântica, tratam da versão homeopática da equação de Schrödinger, ou equação da função de onda homeopática, onde Ψ retrata a amplitude de probabilidade e tem natureza vetorial; mas tratam também do cálculo quântico da função de onda homeopática, ou cálculo da função de onda da homeopatia quântica, onde Ψ² tem a natureza de função propriamente dita e descreve a densidade de probabilidade da partícula ser encontrada em determinado ponto ou lugar no espaço.

Nas hipóteses de Venturelli da homeopatia, a matemática imaginária da mecânica quântica traduz a participação da psique ou do psiquismo na função de onda, psi, Ψ. Assim, as funções de onda quântica, as quais caracterizam as amplitudes de probabilidade das partículas, são, em última análise, funções matemáticas referentes à energia vital das ondas cerebrais verificadas na eletroencefalografia (EEG) e na magnetoencefalografia (MEG), mas se referem também à energia vital de outras oscilações, tais como aquelas da eletrocardiografia (ECG) e da eletromiografia (EMG), enquanto que a memória da água é um fenômeno cujo atributo principal é uma propriedade ressonante dessa energia vital consciente e inconsciente.

O termo “homeopatia quântica” se refere à abordagem teórica das soluções homeopáticas inseridas na matemática da equação de Scrödinger, sobre a função de onda, em que uma mistura homogênea é tida como um sistema quântico semelhante à nuvem eletrônica de um sistema atômico, isso porque as partículas dispersas em uma solução estão abaixo de um nanômetro de diâmetro, o que propicia funções de onda na solução de entrelaçamento do soluto ao solvente, sendo que o colapso dessas funções de onda é promovido pela energia vital de origem psicológica, mas sobretudo do sistema nervoso visceral, e, portanto, de natureza involuntária e inconsciente, o que leva ao observável clínico do princípio ativo no paciente tratado.

1) Versão homeopática da equação de Schrödinger:

Pelas hipóteses de Venturelli, a equação de Schrödinger, ou equação da função de onda, ou ainda, equação de onda da homeopatia, então, é uma expressão matemática da energia vital na ciência homeopática da medicina integrativa. De tal modo que essa energia vital seja quantizada e deva ser entendida como o eletromagnetismo das ondas de frequências extremamente baixas, designadas pela sigla ELF (de “extremely low frequency”, em Inglês) do espectro eletromagnético, entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente de 0,01 Hz a 1.000 Hz, o que abrange a Ressonância Schumann, as ondas cerebrais e a atividade elétrica do coração, dentre outras abrangências.

A energia vital é uma energia de baixa entropia, que se expressa pelas ondas cerebrais e pelas demais oscilações eletromagnéticas em frequências extremamente baixas, de sigla ELF, as quais estão ente 3 Hz e 30 Hz. Assim sendo, a energia vital se manifesta nas ondas cerebrais registradas no eletroencefalograma (EEG) e no magnetoencefalograma (MEG), na atividade elétrica do coração registrada no eletrocardiograma (ECG), na atividade muscular registrada na eletromiografia (EMG) e na Ressonância Schumann, estas que são algumas das oscilações de frequência eletromagnética nessa faixa entre 3 Hz e 30 Hz denominadas pela sigla ELF, ou FEB (de frequências extremamente baixas, em Português).

1.1) Fundamentação homeopática da equação de Schrödinger:

Misturas químicas são dispersões e estas podem ser soluções, coloides e suspensões. O dispersante ou dispergente é a substância que está em maior quantidade e promove a dispersão, ao passo que o disperso é a substância espalhada que se encontra em menor quantidade. As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase, enquanto que as misturas heterogêneas possuem mais de uma fase. Nas soluções, o disperso tem dimensões de até um nanômetro; nos coloides, o disperso tem dimensões entre um nanômetro e mil nanômetros ou um micrômetro; nas suspensões, o disperso tem dimensões maiores do que mil nanômetros ou um micrômetro.

Soluções são misturas homogêneas caracterizadas por dispersões monofásicas de um soluto o qual é disperso em um solvente, este que vem a ser o dispersante ou dispergente. A dualidade entre onda e partícula é a manifestação complementar de um sistema disperso (ondulatório) em relação a um sistema não disperso (corpuscular) estando tudo isso em conformidade ao princípio da complementaridade, do físico dinamarquês Niels Bohr, aplicado à homeopatia pela equação de Schrödinger.

Ou seja, a onda tem analogia à dispersão, enquanto que a partícula tem analogia ao soluto não disperso, i. é, ao corpúsculo.

1.2) Fundamentação matemática da equação de Schrödinger na homeopatia:

A equação de Schrödinger independente do tempo é aplicável a sistemas minerais e biológicos, sendo importante na homeopatia e na medicina integrativa, definindo a equação de onda da homeopatia ou equação homeopática da função de onda. A função de onda da homeopatia é a sobreposição de estados do princípio ativo, que está simultaneamente diluído ou disperso e concentrado ou precipitado. Então, no colapso da função de onda, o princípio ativo se define em partícula referida ao organismo tratado.

Seja a seguinte equação…

H Ψ = E Ψ

Onde: H = operador clínico ou homeopático da solução; Ψ = função de onda da solução e vetor de estado do soluto; E = observável clínico do soluto.

Soluções homeopáticas são sistemas quânticos, em que o soluto se comporta no solvente assim como os elétrons se comportam na eletrosfera, podendo apresentar caráter ondulatório ou corpuscular, conforme o princípio da complementaridade de Niels Bohr, em que os aspectos de onda e de partícula, embora sejam mutuamente excludentes, não apresentam natureza contraditória, mas sim complementar.

O lado esquerdo da equação representado pelo produto HΨ é de composição psicológica; enquanto que o lado direito da equação representado pelo produto EΨ é de composição neurológica. Ou seja, o lado esquerdo é psicológico e o lado direito é neurológico. Assim, na lateralidade esquerda há a unidade imaginária e na lateralidade direita só há a unidade real. Deste modo, Ψ (psi) do lado esquerdo da equação vem a ser a função de onda da solução, enquanto que Ψ (psi) do lado direito da equação vem a ser o vetor de estado do soluto. Portanto, o operador linear é psicológico e o autovalor real é neurológico. Quer dizer, a transformação da função de onda da solução em vetor de estado do soluto se inicia pela energia psíquica do médico, mas se completa pela energia orgânica do paciente, ambas sendo variações da energia vital necessária ao colapso da função de onda.

1.3) Ressonância vital na versão homeopática da equação de Schrödinger:

Frequência natural (ou frequência de ressonância) de um corpo ou sistema é a frequência inerente de oscilação do mesmo. Porém, pode haver não apenas uma única frequência natural e sim um conjunto de frequências de ressonância, quer dizer, mais de uma frequência natural de vibração própria. Quando um corpo ou sistema apresenta mais de uma frequência natural, tais vibrações são harmônicas entre si, ou seja, estão em valores que são múltiplos ou submúltiplos da oscilação fundamental. Portanto, quando se aplica a um corpo ou sistema, uma frequência que tenha valor igual ou harmônico a uma de suas frequências naturais, ambos os sistemas entram em amplitude de ressonância.

Os fundamentos da ressonância vital tratam da participação aquática nas soluções homeopáticas, em que a vibração das partículas de soluto e de solvente entram em sintonia com as oscilações neurais, musculoesqueléticas e viscerais, aumentando a amplitude da energia vital, sem necessariamente, aumentar a entropia dos sistemas biológicos, vez que a quantização biológica da energia é de baixa entropia.

A ressonância entre a memória do médico e a memória da água aumenta a amplitude do soluto memorizado e promove o colapso da função de onda da solução, o que transforma essa função de onda em vetor de estado do soluto, conforme a representação do operador clínico, significando com isso, que o conhecimento acadêmico dos diversos princípios ativos é imprescindível para que haja essa ressonância. Assim, não é o desejo ou a vontade do médico, ou sequer sua consciência moral, que deflagra esse colapso da função de onda e que manifesta o observável clínico associado ao vetor de estado do soluto, mas sim, é a ressonância de seu conhecimento científico que colapsa a função de onda e manifesta o observável clínico do soluto. Deste modo, a prática adequada da homeopatia requer sobretudo uma formação profissional geral e especializada, embora não se deva negligenciar o embasamento ético na proteção da saúde do paciente.

2) Cálculo da função de onda homeopática:

A integral de Ψ² com os limites de integração entre menos infinito (- ∞) e mais infinito (+ ∞) mostra que qualquer partícula de soluto na solução homeopática pode ser referida a qualquer ponto do universo, de modo que sejam válidas as ultradiluições.

∫ Ψ² dx = 1

Onde: ∫ = integral cujos limites de integração são menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞); Ψ² = quadrado de psi, que tem analogia com f(x) = y, e retrata a densidade de probabilidade do soluto ser encontrado em algum ponto ou lugar no espaço; dx = diferencial de x, que significa em relação a “x” ou em respeito a “x”; 1 = 100%.

A restrição dos limites de integração pode tratar da noção de orbital, que é a região no espaço onde seja maior a probabilidade de se encontrar o elétron, sendo interessante a notação diferencial de área, “dA”, conforme a seguir…

dA = Ψ² dx < 1 ⇒ A = ∫ Ψ² dx = 1 ⇒ A = ∫ dA

Ou seja, “A” é a área e “dA” é a diferencial de área que indica a probabilidade de se encontrar a partícula quântica em uma região restrita do espaço, que pode ser chamada de orbital, de modo que a soma de todas as probabilidades, “A”, ou integral, seja 100% ou 1.

3) Colapso da função de onda homeopática:

Nestas hipóteses de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à homeopatia de tal forma que no entrelaçamento quântico, o qual ocorre entre o soluto e o solvente, a solução seja o estado de sobreposição ondulatória e o princípio ativo seja o estado corpuscular, este que se manifesta no paciente após o colapso da função de onda.

As aplicações clínicas ou homeopáticas são objetivas, pois dependem da formação teórica, prática e ética dos profissionais, e jamais da intencionalidade subjetiva da prescrição ou da vontade aplicada a um tratamento específico, isso tal qual ocorre nas demais especialidades médicas. Ou em outras palavras, o resultado do tratamento homeopático é apenas e tão somente um efeito medicamentoso normal e nunca paranormal ou de placebo. 

O que determina o colapso da função de onda, resultando na melhora clínica do quadro patológico ou na recuperação da saúde, quer dizer, resultando no observável clínico, não é a intenção do médico ou do paciente, mas o fenômeno impessoal da energia, neste caso, da energia vital, independentemente dos aspectos temperamentais ou quaisquer outras condições racionais, emocionais ou morais. Por isso mesmo, o observável clínico do operador homeopático depende da correta prescrição medicamentosa e da adequada farmacotécnica.

O estudo e a aprendizagem da matéria médica homeopática, do repertório homeopático e do mecanismo de ação da homeopatia são fundamentais para que o médico homeopata possa tratar adequadamente seus pacientes, o que parece ser uma lógica redundante, e é; nada tendo de mágica ou de misticismo e tampouco de paranormalidade ou metafísica e sequer de efeito placebo.

Na integral do cálculo da função de onda, os limites de integração estão entre menos infinito (- ∞) e mais infinito (∞). No entanto, o infinito não é um número, não é uma quantidade, mas sim um conceito, quer dizer, uma ideia, portanto, esses limites de integração são abstrações mentais que se encontram no terreno dos pensamentos e dependem da lembrança de um aprendizado matemático anterior. Os limites de integração da função de onda abrangem memória e interpretação abstrata, ou seja, são subjetivos e não objetivos. Deste modo, o colapso da função de onda tem essa integração psíquica de efeito do observador na mecânica quântica.

A unidade imaginária expressa por i = √-1 ou i² = -1 quando inserida na álgebra linear, da equação de Schrödinger independente do tempo, não condiz com nenhuma realidade física, mas sim com a realidade psíquica. Deste modo, quando um operador autoadjunto leva a um autovalor real, a operação é mental e a realidade é de natureza psicológica, embora o autovalor possa ser de natureza visceral ou neurológica. É de se notar, inclusive, que os limites de integração da função de onda tampouco expressam uma grandeza em medição física real, mas apenas imaginária, psíquica.

Seja um espaço vetorial em que por um lado o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o id de Freud ou o inconsciente relacionado à energia potencial, e por outro lado o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o superego de Freud ou o consciente relacionado à energia cinética, enquanto que o vetor “Ψ” da combinação linear entre “X” e “Y” seja o ego de Freud ou o self de Jung, assim sendo, o colapso ou o “autocolapso” da função de onda “Ψ” resulta na energia total do sistema nervoso associado ao vetor de estado “Ψ”.

Nesse “espaço vetorial” descrito acima o inconsciente pode ser comparado à matéria corporal, vez que o organismo funciona independente da nossa consciência, enquanto que o consciente pode ser comparado à mente racional, de modo que o ego de Freud ou o self de Jung podem ser comparados ao princípio vital, ou seja, a imaterialidade do ser.

Por “autocolapso” deve ser entendido que a self da teoria de Jung, ou o ego da teoria de Freud, busca a energia potencial armazenada no inconsciente e a transforma em energia cinética com a medição ou o cálculo da posição do corpúsculo, o que requer aumento do consumo de oxigênio para a respiração celular, o que tem analogia ao fenômeno da combustão, quer dizer, o fogo da energia cinética.

4) Sobreposição de estados:

Nas hipóteses de Venturelli, a equação de Schrödinger é uma manifestação matemática da energia vital na ciência homeopática da medicina natural. Assim sendo, na função de onda homeopática, o caráter ondulatório do soluto disperso na solução promove a sobreposição de estados, da grandeza de posição e de momento, considerados estados quânticos de grandezas complementares em soluções dinamizadas, sendo que com o colapso da função de onda, o soluto se manifesta em seu caráter corpuscular associado ao observável clínico.

4.1) Entrelaçamento quântico das soluções:

O mecanismo de ação da homeopatia pode ser fundamentado pela mecânica quântica: Neste caso, ocorre um entrelaçamento quântico entre o soluto e o solvente na solução medicamentosa. Uma vez emaranhados na dispersão, o disperso e o dispersante formam um sistema singular, emaranhado e individualizado, com propriedades medicinais ou curativas as quais poderão ser administradas ao paciente a ser tratado.

O mesmo não acontece com rios, lagos, esgotos e etc., porque as dispersões homeopáticas apresentam volumes compatíveis com as dimensões teciduais dos organismos vivos. As ondas do mar não se manifestam em um frasco de solução medicamentosa, pois as grandezas homeopáticas são citológicas e histológicas, mas não geográficas.

Em outras palavras, as dispersões de esgotos, rios, lagos, mares e oceanos são dispersões de dimensões geográficas, enquanto que as soluções homeopáticas são dispersões de dimensões orgânicas.

Assim, pequenas modificações na configuração eletrônica e magnética das substâncias diluídas, induzidas pelo emaranhamento quântico, ou seja, determinadas por padrões de spin eletrônico atribuídos ao estado entrelaçado, podem desencadear amplos e profundos incrementos funcionais aos remédios, em conformidade ao efeito borboleta da teoria do caos, desde que se considere a complementaridade entre sistemas lineares e não lineares.

É de se notar que o fenômeno do entrelaçamento quântico possa ser definido como sendo a sobreposição de estados quânticos envolvendo mais de uma partícula. Além do emaranhamento entre soluto e solvente, as soluções mais concentradas se entrelaçam às soluções mais diluídas, desde que haja o processo de sucussão da dinamização homeopática.

4.2) Memória da água:

Na química, as funções de onda são quantizadas pelos números quânticos em três dimensões designadas por “n” (tamanho do orbital), “l” (formato do orbital) e “ml” (orientação do orbital). Neste sentido, Ψ tem um componente radial, R, dado pelo raio “r”, e um componente angular, Y, dado pelos ângulos θ (teta) e φ (phi), como a seguir…

Ψ (x, y, z) = Ψ (r, θ, φ) = R(r) . Y (θ, φ)

Onde: Ψ = função de onda, R ≅ “n”, Y ≅ “l”, θ e φ ≅ “ml”.

A quantização do momento angular leva à quantização do momento magnético, sendo que além desses três números quânticos apresentados acima, que são compatíveis com a mecânica ondulatória de Schrödinger, há ainda a mecânica ondulatória relativística, desenvolvida por Paul Dirac, que inclui o número quântico spin (s) do momento angular intrínseco e o número quântico magnético de spin (ms) do momento magnético intrínseco.

A memória aquática é cada registro da energia de um estado quântico específico do soluto em relação ao solvente. O que caracteriza o estado quântico de memória da água é a posição da partícula representada pelo número quântico principal, o momento angular orbital representado pelo número quântico secundário, o vetor do momento angular orbital representado pelo número quântico magnético e o momento angular de giro ou rotação e seu vetor representado pelo número quântico magnético do spin.

Quer dizer, a memória da água em face de um princípio ativo se define pela posição e pelo momento angular de suas partículas, o que fornece informações sobre a energia potencial e cinética, de cada uma das partículas do soluto e do solvente na solução emaranhada.

Do mesmo modo que na mecânica quântica há a dualidade entre partícula e onda, e os estados quânticos podem estar em sobreposição, na homeopatia o princípio ativo pode ser encontrado como soluto particular ou ondulatório na solução homeopática.

4.3) Entrelaçamento quântico interpessoal:

As hipóteses de Venturelli inferem que o entrelaçamento quântico interpessoal, qual seja, entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia, vem a compor um sistema de emaranhamento complexo com as soluções homeopáticas, estas que entrelaçam o soluto ao solvente. Deste modo, a ressonância entre a memória do médico e a memória da água, em uma solução homeopática, tem como mediador o entrelaçamento interpessoal.

Antes de ocorrer o colapso da função de onda, a informação quântica fica em suspenso, ou seja, pendente ou adiada, quer dizer, em um estado sobreposto de vários estados ao longo de um sistema de entrelaçamento interpessoal, este que é o emaranhamento quântico entre o médico, o paciente e o pessoal da farmácia. De outro modo, após o rompimento do estado entrelaçado o princípio ativo se precipita no organismo do paciente e a informação quântica se define em observável clínico.

5) Números quânticos:

Os números quânticos estão relacionados à ideia de função de onda ou orbital do lépton atômico, quer dizer, a região no espaço onde seja maior a probabilidade do elétron ser encontrado. Ou dizendo de outro modo, a função de onda descreve a amplitude de probabilidade da partícula ser localizada. Já o quadrado da função de onda significa a densidade de probabilidade dessa localização.

5.1) Número quântico principal (n): É a posição do elétron.

É admitido que o número quântico principal, n, ao identificar a posição da partícula seja também o tamanho do orbital. Trata dos níveis quânticos.

5.2) Número quântico secundário ou azimutal (l): É o momento angular do elétron.

O número quântico secundário, l, indica o momento angular orbital da partícula, por isso, define também o formato do orbital. Trata dos subníveis quânticos.

5.3) Número quântico magnético (ml): É o vetor do momento angular do elétron.

Este número quântico, ml, chamado de magnético, indica a orientação espacial do orbital referente ao elétron no átomo. Mais especificamente, é o vetor do momento angular orbital do corpúsculo, ao qual se associa um vetor de momento magnético do orbital.

5.4) Número quântico spin (s): É o momento angular intrínseco do elétron.

Este número quântico, chamado spin e simbolizado pela letra “s”, indica uma propriedade intrínseca da partícula quântica definida pelo momento angular intrínseco, embora não seja admitida uma rotação clássica ao elétron. O número quântico de spin, s, define o momento angular e magnético associado à ideia de rotação e, de certo modo, também, a oscilação do lépton, tendo sido proposto para os elétrons pelo físico austríaco Wolfgang Pauli, em 1925. De modo simbólico, é o momento angular de giro ou rotação do lépton. Embora seja considerado uma propriedade intrínseca do elétron e do quark, vejamos o que sugere o estudo da espectroscopia pelo eletromagnetismo em ordem crescente dos comprimentos de onda (decrescente em frequência e energia):

5.4.1) Radiação ultravioleta e visível: Transição de estado quântico molecular ou transição eletrônica das moléculas.

5.4.2) Radiação infravermelha: Vibração quantizada (e translação em energia contínua) das moléculas.

5.4.3) Radiação de micro-ondas: Rotação molecular em energia quantizada.

5.4.4) Radiação das ondas de rádio: Rotação quantizada no núcleo atômico, que é uma rotação bariônica ou nucleônica, visto que o núcleo de hidrogênio tem apenas um próton e gira na ressonância magnética nuclear.

5.4.5) Radiação de ondas ELF ou FEB (3 Hz a 30 Hz): Rotação leptônica ou spin de elétrons, ou seja, a radiação de ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) promove o giro dos elétrons, mas também qualquer radiação que esteja entre 3.000 Hz e 0,01 Hz pode estar associada ao giro dos léptons.

5.5) Número quântico magnético de spin (ms): É o magnetismo inerente ao elétron.

Este número quântico define o momento magnético intrínseco da partícula. Em que pese o spin de uma partícula ser definido como uma propriedade intrínseca sem significado idêntico ao da rotação, em termos práticos pode ser considerado o vetor do momento angular de rotação do corpúsculo, ao qual está associado o vetor do momento magnético, sendo que, no caso deste número quântico de magnetismo intrínseco o valor pode ser paralelo ou antiparalelo, e ainda, a sobreposição de ambos.

6) Energia vital:

A energia vital promove o colapso em funções de onda na mecânica quântica e na homeopatia, conforme a equação de Schrödinger e de acordo com o princípio da complementaridade de Bohr.

A energia vital é uma energia de baixa entropia, que se expressa pelas ondas cerebrais e pelas demais oscilações eletromagnéticas em frequências extremamente baixas, de sigla ELF ou FEB, as quais estão ente 3 Hz e 30 Hz. Assim sendo, a energia vital se manifesta nas ondas cerebrais registradas no eletroencefalograma (EEG) e no magnetoencefalograma (MEG), na atividade elétrica do coração registrada no eletrocardiograma (ECG), na atividade muscular registrada na eletromiografia (EMG) e na Ressonância Schumann, estas que são algumas das oscilações de frequência eletromagnética nessa faixa entre 3 Hz e 30 Hz denominadas pela sigla ELF (de frequências extremamente baixas, em Inglês), ou FEB, em Português.

No entanto, ademais das ondas em frequências extremamente baixas entre 3 Hz e 30 Hz (ELF ou FEB) do espectro eletromagnético, a energia vital pode se manifestar em uma faixa mais ampla do espectro eletromagnético, mas sobretudo em frequências inferiores às ondas de rádio, estas que apresentam frequência oscilatória acima de 3 kHz. Assim sendo, o espectro eletromagnético da energia vital poderia ser chamado de espectro infrarradial, ou de oscilações infrarradiais, por se caracterizar pelas frequências menores do aquelas frequências das ondas de rádio.

O registro de oscilações eletromagnéticas na eletroencefalografia (EEG), na magnetoencefalografia (MEG), na eletrocardiografia (ECG) e na eletromiografia (EMG) retrata a energia vital individual, mas a ressonância de Schumann representa a energia vital coletiva do planeta Terra, ou seja, a energia vital telúrica, sendo que todas essas oscilações se constituem de ondas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB) entre 3 Hz e 30 Hz, ou mais amplamente entre 0,01 Hz e 3.000 Hz.

As agitações das soluções homeopáticas, chamadas de sucussões, as quais são procedidas durante as diluições, definindo as dinamizações, apresentam uma frequência vibratória congênere às oscilações eletromagnéticas dos fenômenos ondulatórios descritos acima. A ressonância Schumann se refere às manifestações telúricas, assim como a ressonância homeopática se refere aos fenômenos clínicos, por isso as respectivas dimensões determinam as especificidades de cada ambiente, ou seja, as grandezas homeopáticas são orgânicas enquanto que as grandezas telúricas são geográficas.

A rotação molecular da água é ressonante às micro-ondas, a rotação nuclear é ressonante às ondas de rádio, enquanto que a rotação de elétrons é ressonante às ondas eletromagnéticas em frequências extremamente baixas (ELF ou FEB). E assim como na rotação das micro-ondas as oscilações moleculares alcançam o infravermelho, de modo semelhante, na presença da água, as rotações ressonantes, em relação às ondas de baixíssimas frequências, também alcançam a faixa da radiação infravermelha do metabolismo humano pela energia vital. Isso explica porque a memória da água é um fenômeno que registra, primariamente, apenas o momento magnético associado ao número quântico spin das partículas diluídas, mas que, secundariamente, registra todos os estados dos números quânticos referentes a essas partículas, vez que a luz visível da fotossíntese é inerente à energia vital.

7) Oscilações neurais:

As ondas cerebrais expressam frequências eletromagnéticas em um espectro apropriado ao estudo da energia vital, o que é útil às aplicações da dinamização na homeopatia eletromagnética ou quântica. Ondas cerebrais, ritmos neurais, oscilações neurais ou ritmos neurais são atividades eletromagnéticas associadas ao movimento de íons entre os neurônios e o meio extracelular, que podem ser detectadas pelo eletroencefalograma (EEG) ou pelo magnetoencefalograma (MEG).

A eletroencefalografia (EEG) e, por extensão, posteriormente, a magnetoencefalografia (MEG) surgiram com os trabalhos de Hans Berger, que entre 1920 e 1924 realizou os registros iniciais do eletroencefalograma (EEG). Sendo que entre 1926 e 1929, Berger obteve os registros de ondas alfa occipitais e descreveu sua reatividade à abertura ocular.

7.1) Significado das oscilações neurais:

Seja o que diz o Manual do Técnico em EEG: “Existem dois tipos principais de células excitáveis no nosso corpo: neurônios e músculos. Essas células geram sinais elétricos de maneira espontânea o tempo todo, que podem ser captados pelo EEG, por eletromiografia (EMG) ou por eletrocardiografia (ECG)”.

A atividade elétrica das células dos organismos ocorre pelo deslocamento de átomos ionizados, chamados de eletrólitos, sendo que o movimento desses íons, sobretudo de sódio, potássio, cálcio, cloro e magnésio, gera ondas eletromagnéticas na faixa de 0,5 Hz e 500 Hz até 1 KHz, aproximadamente, que são frequências menores do que aquelas das ondas de rádio. As frequências das ondas de rádio estão entre 3.000 Hz ou 3 kHz e 300 GHz, o que significa que as frequências eletromagnéticas da energia vital estão abaixo das frequências das ondas de rádio, ou seja, poderiam ser chamadas de ondas infrarradiais.

7.2) Classificação das oscilações neurais:

As principais oscilações neurais são relatadas a seguir…

Ondas alfa: 7Hz a 13Hz (média de 10Hz) típicas de meditação, calma, contemplação, percepção sensorial e intuição.

Ondas beta: 13Hz a 27Hz (média de 20Hz) próprias de vigília, alerta, foco, atenção e mente concentrada no trabalho ou nos estudos.

Ondas gama: 27Hz a 33Hz (média de 30Hz) inerentes em maior atividade cerebral, aprendizagem avançada ou neurose e psicose.

Ondas delta: 0,5Hz a 3,5Hz (máximo em cerca de 3Hz) presentes no automatismo orgânico, sono profundo sem sonho, sono não-REM ou coma.

Ondas teta: 4Hz a 7Hz (máximo em cerca de 7Hz) vigentes na sonolência, sono superficial, sono REM, imaginações, transcendência ou hipnose.

OBSERVAÇÃO: As ondas gama podem ir até 100Hz ou mesmo 300 Hz.

7.3) Origem das ondas cerebrais:

As ondas cerebrais se originam do movimento iônico em líquidos orgânicos, mas a origem desse movimento pode ser atribuído ao princípio vital, o que remete à noção de vitalismo.

8) Vitalismo:

Pode-se dizer que vitalismo seja o estudo das manifestações do princípio vital ou da energia vital, e que princípio vital seja a propriedade que os organismos vivos têm de converter energia física e química em energia biológica.

8.1) Definições de vitalismo:

Samuel Hahnemann no século 19 adotou a concepção ternária de Paul Joseph Barthez do século 18 em subdividir o ser humano em corpo, alma pensante e princípio vital; ou seja, por alma pode ser entendida a mente, a psique. Neste sentido, o princípio vital vem a ser a unidade essencial do ser vivo, uma espécie de ponte unificadora entre a matéria corporal e o psiquismo abstrato.

a) Matéria corporal: É o corpo, o organismo constituído das moléculas de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, do acrônimo CHONPS, além do metaloma, este que é constituído pelos elementos traços e microtraços correspondentes ao metabolismo dos micronutrientes.

b) Alma pensante: É a mente, o psiquismo da abstração dos pensamentos racionais e dos sonhos, o aparato psíquico da manifestação do consciente e do inconsciente.

c) Princípio vital: É a unidade intermediária que permeia o corpo e a mente, a essência vital que exerce influência no metabolismo orgânico e na expressão das funções psíquicas conscientes e inconscientes.

8.2) Evolução do vitalismo:

A ideia de vitalismo não deve ser restrita ao eurocentrismo, vez que outros povos, além dos europeus, já haviam desenvolvido a compreensão do princípio vital utilizando outras nomenclaturas, incluindo africanos, asiáticos ameríndios e outros índios, no entanto, dada a referência bibliográfica disponível, a trajetória vitalista apresentada trata da sequência europeia.

a) Antiguidade clássica: Surgimento da ideia do princípio vital na Grécia.

b) Século 16: Paracelso propõe o princípio vital na medicina e na farmacologia, ademais, em 1567 esse médico suíço apresentou a primeira descrição médica do inconsciente.

c) Século 19: O médico alemão Samuel Hahnemann descreve os fundamentos da homeopatia pelo princípio vital em sua obra prima, Organon, de 1810.

d) Século 20: Surge a teoria quântica (Max Planck demonstra que a energia eletromagnética tem natureza quântica, Werner Heisenberg sugere a interação da energia com a consciência humana e Niels Bohr estabelece o princípio da complementaridade entre os comportamentos ondulatório e corpuscular).

9) A questão da consciência na mecânica quântica:

Seja o que escreveu Osvaldo Pessoa Jr. em seu artigo “O Sujeito na Física Quântica” (Universidade Estadual de Feira de Santana, 2001):

“Uma noção fundamental da Teoria Quântica é a noção de redução de estado. Um objeto microscópico é descrito por uma função de onda ψ(r) que evolui continuamente de acordo com a famosa equação de Schrödinger, até o instante que uma observação deste objeto seja feita. Após esta observação, o estado do objeto (ou seja, sua função de onda) é reduzido de maneira abrupta e descontínua para outro estado. Esta operação formal é conhecida como ‘redução de estado’, tendo sido apontada primeiramente por Werner Heisenberg (1927) e desenvolvida por John von Neumann (1932). Se adotarmos uma interpretação ondulatória (mesmo que só para efeito de discussão), suporemos que tal redução corresponde a uma transição descontínua na realidade, que chamaremos de colapso. Foi Heisenberg quem convenceu a comunidade científica, durante o Congresso de Solvay de 1927, que tal colapso seria provocado pelo observador, e não seria um processo que ocorresse espontaneamente na natureza (como supunha Dirac, neste congresso).”

No volume 1 de seu livro “Conceitos de Física Quântica” (São Paulo, 2003) o mesmo Osvaldo Pessoa Jr. descreve o fato acima no título 1 do capítulo VI.

Seja o que escreveu ainda Osvaldo Pessoa Jr. em seu artigo “Física Quântica: Entenda as diversas interpretações da física quântica” (UOL, 2007)…

“A ideia de que a consciência humana provocaria o colapso de uma partícula surgiu na década de 1930, em um período em que alguns consideravam eminente o surgimento de uma revolução científica na biologia e na psicologia, assim como tinha acontecido na física. Alguns historiadores da ciência, como Max Jammer, mencionam que foi o matemático húngaro John von Neumann quem lançou a ideia de que a consciência humana causaria o colapso, em torno de 1932, mas ele não publicou nada a respeito. Em 1939, o físico alemão Fritz London e o francês Edmond Bauer popularizaram essa visão em um pequeno livro, lançado em Paris, e intitulado ‘La Théorie de l’Observation em Mécanique Quantique’, com versão em inglês publicada em 1983.”

Seja, agora, o que diz o livro “O Enigma Quântico: O encontro da física com a consciência” (de Rosenblum e Kuttner) no título “O encontro ‘oficialmente’ proclamado’:

“Em seu tratado de 1932, ‘The Mathematical Foundations of Quantum Mechanics’, John von Neumann mostrou rigorosamente o inevitável encontro da teoria quântica com a consciência.”

Ainda pela mesma referência bibliográfica acima (de Rosenblum e Kuttner):

“A probabilidade quântica não é a probabilidade de onde o átomo está. É a probabilidade objetiva de onde você (ou qualquer pessoa) poderá encontrá-lo. O átomo não estava em certo lugar até ser observado lá” (página 153) “Segundo a teoria quântica um átomo é ou uma onda espalhada ou uma partícula concentrada” (página 184).

Mais uma vez ainda na referência de Rosenblum e Kuttner, no título “Não vale espiar”…

“Eugene Wigner, um dos mais recentes responsáveis pelo desenvolvimento da teoria quântica e ganhador do prêmio Nobel de Física, criou uma versão da história do gato sugerindo um envolvimento ainda mais forte do observador consciente com o mundo físico do que a história de Schrödinger.”

Neste sentido, seja o que diz o livro “O Mistério Quântico” (de Andrés Cassinello e José Luis Sánchez Gómez, da editora Planeta-España) com tradução em Português de Sandra Martha Dolinsky pela editora Crítica (de Planeta do Brasil) editado em São Paulo, 2017…

“O colapso ocorre quando é possível descobrir o caminho seguido pelo fóton. Ou seja, quando se adquire ou se pode adquirir mais informações sobre o sistema” (página 66)… “A mera possibilidade de se fazer a averiguação do caminho seguido – embora, de fato, não se faça – rompe a sobreposição” (página 74)… “Na verdade, nem sequer é necessário que detectemos efetivamente os fótons. O fato de podermos fazê-lo é o suficiente para produzir o colapso da função de onda” (página 77)… “O que importa não é o que sabemos, é o que podemos saber” (página 79).

Seja o que diz Fritjof Capra em seu livro “O TAO da Física” (Tradução de José Fernandes Dias. São Paulo, Editora Pensamento – Cultrix, 1985-2013): 

“Os opostos são conceitos abstratos que pertencem ao reino do pensamento; como tal, são relativos. No momento mesmo em que focalizamos nossa atenção num determinado conceito, criamos o seu oposto” (capítulo 11, página 153).

“Pelo fato de ser um padrão de probabilidade, a partícula tende a existir em diversos lugares, manifestando dessa forma uma estranha modalidade de realidade física entre a existência e a não existência” (capítulo 11, página 163).

9.1) Definição de consciência:

Segundo o “Livro da Psicologia” (Collin, Benson e Ginsburg) no título “Sabemos o significado de ‘consciência’ contanto que ninguém nos peça para defini-lo”:

“1641 René Descartes define a consciência de si como a habilidade de pensar.”

“O termo ‘consciência’ é geralmente usado para se referir à percepção que um indivíduo tem dos seus próprios pensamentos, sensações, sentimentos e memórias.”

Segundo o livro “Tudo que você precisa saber sobre psicologia: um livro prático sobre o estudo da mente humana” (Paul Kleinman):

No título “Modelos estruturais da personalidade”…

“Muitas pessoas consideram o superego equivalente à consciência, pois ambos os termos se referem à parte de nossa personalidade que julga o que é certo ou errado.”

No título “Memória”…

“Na verdade, a maior parte de nossa memória armazenada está fora de nossa consciência até que seja necessária. Quando há necessidade, essa informação passa pelo processo de recuperação, permitindo que a memória armazenada seja trazida para a nossa consciência.”

O conhecimento adquirido pela formação profissional e pelos estudos da educação continuada fica armazenado no pré-consciente, o qual pode ser chamado também de subconsciente, que é parte integrante do inconsciente, portanto, a consciência na mecânica quântica homeopática está em função do inconsciente, especialmente da teoria de Freud, mas também do inconsciente coletivo da teoria de Jung.

9.2) A energia da consciência:

Ao se analisar as oscilações neurais é subsequente a compreensão de que a variação dos estados de consciência promove uma correspondente variação na frequência eletromagnética e, consequentemente, uma variação de energia. É possível observar também que os estados conscientes são mais energéticos que os estados inconscientes. As operações matemáticas e o raciocínio lógico estão associados às ondas beta, porém, as ondas gama são ainda mais energéticas.

No caso das ondas cerebrais, todavia, comprimento e frequência das ondas eletromagnéticas não são os únicos parâmetros a serem avaliados, vez que a amplitude das ondas também varia conforme o nível de consciência, ademais, a quantidade de energia sequer tem significado primordial no estudo da vitalidade, sendo mais importante o estado de energia que seja otimizado pelo equilíbrio entre a magnitude da energia e o fluxo de entropia.

Quer dizer, o nível ideal de consciência é aquele que esteja associado ao máximo estado de energia viável ao mínimo acesso em influxo de entropia. Ou em outras palavras, a vitalidade consciente deve combinar o máximo de energia com o mínimo de entropia, sendo que essa noção de que a energia vital requer um valor mais baixo de entropia vem da pesquisa do livro “O Que é Vida?”, de Erwin Schrödinger, onde o referido físico austríaco descreve o significado de “entropia negativa” e sua importância para os seres vivos.

Seja um espaço vetorial em que por um lado o eixo das abscissas, chamado de “X”, seja o id da teoria de Freud ou o inconsciente relacionado à energia potencial, e por outro lado o eixo das ordenadas, chamado de “Y”, seja o superego da teoria de Freud ou o consciente relacionado à energia cinética, enquanto que o vetor “Ψ” da combinação linear entre “X” e “Y” seja o ego da teoria de Freud ou o self da teoria de Jung, deste modo, o colapso ou o “autocolapso” da função de onda “Ψ” resulta na energia total do sistema nervoso associado ao vetor de estado “Ψ”.

É interessante observar que no “espaço vetorial” acima, o estado consciente está em função do estado inconsciente, desde que o referido gráfico possa ser entendido como as coordenadas cartesianas de uma função linear. Pode ser notado também, que o ego da teoria de Freud, ou o self da teoria de Jung, tem analogia ou mesmo o significado de princípio vital representado pela função de onda.

9.3) A consciência da energia:

O treinamento do aparato mental pela formação profissional e por estudos suplementares e complementares, do aperfeiçoamento continuado, resulta em um estado de consciência da energia, tal que essa mente treinada seja capaz de promover a coerência de colapso em funções de onda.

A aplicabilidade quântica e homeopática do aparato mental, de modo coerente, depende da especialização da consciência, a qual é obtida pelo aprimoramento do estado de inconsciente pessoal e de inconsciente coletivo. Neste sentido, a evolução científica e tecnológica da humanidade é gradativa porque as descobertas científicas, as definições físicas, químicas e biológicas, além das conceituações matemáticas e de outras áreas do conhecimento, necessitam ser incorporadas no inconsciente coletivo, que é o estado inconsciente da coletividade humana.

É necessário que se passem duzentos anos, ou pelo menos um século, para que o inconsciente coletivo possa agregar essas novas ideias, referentes à atuação do princípio vital na mecânica quântica, ou seja, até que a coletividade humana consiga incorporar essas abstrações, referentes às definições de estado consciente e inconsciente psicológico e a intervenção desses estados em elétrons e fótons, pois antes desse período de cem anos, o conjunto de pessoas dedicadas ao conhecimento científico não atinge o devido consenso da aceitação dessas ideias, “avançadas para a época”, que foram lançadas por visionários, tais como os físicos austríacos Wolfgang Pauli, Lise Meitner e Paul Ehrenfest, os físicos alemães Werner Heisenberg e Fritz London, além do matemático húngaro John von Neumann e do físico dinamarquês Niels Bohr, dentre outros, notadamente da interpretação de Copenhague.

Sendo interessante lembrar, sempre, que o chamado “eurocentrismo” nesta obra não exclui a contribuição de outros povos, incluindo africanos, asiáticos, ameríndios e outros índios, inclusive da Oceania, a exemplo dos aborígenes da Austrália, mas reflete isto sim, a referência bibliográfica disponível.

O ser humano tem consciência desde os primórdios da humanidade, aliás, segundo Wilhelm Wundt, todos os seres vivos tem consciência. No entanto, o adestramento do aparato mental para ser aplicado na medicina surge depois das primeiras civilizações, conforme descrito pelo “Livro da Psicologia” (de Collin, Benson e Ginsburg):

No título “Dormez!”…

“Em 1027, o médico persa Avicena documentou as características do estado de transe, mas seu uso como terapia curativa foi praticamente abandonado até ser reintroduzido pelo médico alemão Franz Mesmer, no século XVIII. O tratamento de Mesmer envolvia a manipulação do magnetismo natural, ou ‘animal’, do corpo pelo uso de ímãs e sugestão.”

“Alguns anos mais tarde, o Abade Faria, um monge luso-goês, estudou o trabalho de Mesmer e concluiu que era ‘totalmente absurdo’ pensar que ímãs eram parte vital do processo. A verdade era ainda mais extraordinária: o poder de entrar em estado de transe ou ‘sono lúcido’ era do indivíduo em questão. Nenhuma força especial era necessária, porque o fenômeno dependia apenas do poder de sugestão.”

“Com base no sono lúcido de Faria, o cirurgião escocês James Braid cunhou o termo ‘hipnose’, em 1843, a partir do grego hypnos, isto é, ‘sono’, acrescido de osis, ou ‘condição’. Braid concluiu que a hipnose não é um tipo de sono, mas, sim, um estado de concentração do indivíduo numa única ideia, o que resulta numa maior propensão a ser sugestionado.”

“O neurologista francês Jean-Martin Charcot começar a usar o hipnotismo sistematicamente no tratamento de histeria traumática. O fato chamou a atenção de Josef Breuer e Sigmund Freud, que depois questionariam as motivações do indivíduo hipnotizado e descobririam o poder do inconsciente.”

No título “O inconsciente é a verdadeira realidade psíquica”…

“Freud foi apresentado ao mundo do inconsciente em 1885, quando conheceu o trabalho do neurologista francês Jean-Martin Charcot, que parecia tratar com sucesso os sintomas de doenças mentais de seus pacientes pelo uso da hipnose.”

“O inconsciente abrange tudo, afirmou Freud, e contém dentro dele os domínios do consciente e de uma área denominada ‘pré-consciente’. Tudo o que é consciente – aquilo sobre o qual temos um saber ativo – esteve em algum momento nas profundezas do inconsciente antes de emergir à consciência.”

“Freud foi influenciado pelo psicólogo Ernst Brücke, um dos fundadores da ‘nova psicologia’ do século XIX, que procurava explicações mecânicas para todos os fenômenos orgânicos. Brücke afirmava que, a exemplo de todos os outros organismos vivos, o ser humano é essencialmente um sistema de energia e deve, portanto, comportar-se de acordo com o Princípio de Conservação da Energia.”

“Freud aplicou esse raciocínio aos processos mentais, criando o conceito de ‘energia psíquica’. Essa energia, dizia ele, pode sofrer transformação, transmissão e conversão, mas não pode jamais ser destruída.”

10) Conclusões:

As propriedades quânticas das soluções homeopáticas permitem que as mesmas sejam expressas pelos princípios gerais da mecânica quântica e pelo seu formalismo matemático, particularmente, na manifestação da função de onda.

A energia vital promove o colapso em funções de onda na mecânica quântica e na homeopatia, conforme a equação de Schrödinger e de acordo com o princípio da complementaridade de Bohr.

A energia da consciência e a consciência da energia são as chaves ou o código que decifra a participação do aparato mental na homeopatia e na mecânica quântica, sendo esse estado consciente apenas a ponta do iceberg da energia psíquica e esta apenas a ponta do iceberg da energia vital.

11) Resumo:

Do mesmo modo que na mecânica quântica há a dualidade entre partícula e onda, e os estados quânticos podem estar em sobreposição, na homeopatia o princípio ativo pode ser encontrado como soluto particular ou ondulatório na solução.

Nestas hipóteses de Venturelli, a equação da função de onda se aplica à solução homeopática, que entrelaça o soluto e o solvente no chamado emaranhamento quântico, de tal forma que a solução seja a função de onda do soluto ao passo que o observável do vetor de estado seja o princípio ativo no organismo tratado.

Nestes postulados, o efeito do observador é mais amplamente considerado em um efeito da energia vital, que independe da vontade ou da consciência, sendo exercido de modo automático na presença de algum sinal vital, seja mental ou corporal, resultando no colapso da função de onda e manifestando a ação medicinal do princípio ativo.

12) Summary:

In the same way that in quantum mechanics there is duality between particle and wave, and quantum states can be in superposition, in homeopathy the active principle can be found as a particular or wave solute in the solution.

In Venturelli’s hypothesis, the wave function equation applies to the homeopathic solution, which intertwines the solute and the solvent in the so-called quantum entanglement, in such a way that the solution is the wave function of the solute while the observable of the vector of state is the active ingredient in the treated organism.

In this postulate, the effect of the observer is more widely considered to be an effect of vital energy, which is independent of will or consciousness, being exerted automatically in the presence of some vital sign, whether mental or bodily, resulting in the collapse of the wave function and manifesting the medicinal action of the active ingredient.

Dr. Paulo Venturelli